segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Brasileiros estão com as contas no vermelho, inadimplência avança 3%

Engana-se quem achava que os brasileiros andavam com as contas equilibradas, conforme dados da consultoria Serasa Experian, a inadimplência do consumidor brasileiro subiu 3% em agosto ante julho. No gráfico que compara o valor ao mesmo mês do ano anterior, a elevação chega a 29,2%. Para o acumulado do ano, de janeiro a agosto de 2011, o crescimento foi de 23,4% com relação ao mesmo período de 2010.

Nos bancos mais dividas, o montante chega a quase 6%, crescimento que representa um dos principais responsáveis pela elevação do índice e representam 2,9 pontos percentuais (p.p.) na variação total.

Além disso, os cheques emitidos sem fundos subiram 4,5% em agosto e colaboraram para a alta do número com 0,5 p.p.. Os títulos protestados registraram elevação de apenas 0,6% e não tiveram influência na variação total. Já as dívidas não bancárias(como financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços) apresentaram queda de 0,8%, com reforço negativo de 0,3 p.p. no índice.

O valor médio das dívidas apresentou variações semelhantes. No primeiro semestre de 2011, em comparação com o mesmo período do ano passado, os títulos protestados sofreram alta de 14,8%, subindo de R$ 1.173,15 para R$ 1.347,17. Os cheques sem fundos subiram 8,2%, variando de R$ 1.235,18 para R$ 1.336,38. As dívidas com os bancos apresentaram elevação de 0,5% e valores que subiram de R$ 1.319,99 para R$ 1.326,73. As dívidas não bancárias tiveram queda de 14,1% e passaram de R$ 376,50 para R$ 323,27.

Para alguns economistas todo esse caos financeiro só tem uma explicação: os juros elevados no crédito e as compras parceladas no Dia dos Pais impactaram na inadimplência do consumidor em agosto. 

Mas nem tudo está perdido, eles acreditam que o pagamento da 1ª parcela do décimo terceiro salário, em novembro, pode dar um fôlego extra às finanças do consumidor, que deverá priorizar o pagamento das dívidas assumidas anteriormente e, sair de vez do vermelho.
Ana Luiza Paz

Nenhum comentário:

Postar um comentário