segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Sebrae agrega valor ao trabalho das Mãos Potiguares.

O tradicional bordado das mulheres de Touros, há cinco anos conta com um novo apoio Projeto Mãos Potiguares – Transformando arte em negócios - desenvolvido pelo Sebrae.

O projeto auxilia na capacitação e divulgação em feiras e exposições do Grupo de “Labirinteiras de Touros” que, atualmente é composto por 15 mulheres que encontram na atividade sua principal fonte de renda.

Uma delas, Dona Maria de Lurdes de Macedo, de 57 anos, que hoje produz peças que encantam pela riqueza de detalhes, como flores e folhas, conta que apaixonou-se pelo o ofício aos oito anos através da mãe e lamenta que suas filhas não compartilhem tal gosto. “Sempre me inspiro em coisas que vejo em casa. Fico triste porque minhas filhas não seguiram o exemplo de minha mãe, como eu. Tenho medo que o labirinto acabe”, lastima a artesã.

O objetivo do Sebrae também é diminuir as fronteiras entre as Labirinteiras e as demais localidades onde a “renda de labirinto” ainda não existe, como no município de Pau dos Ferros, no interior do estado, onde as artesãs de Touros apresentaram suas peças durante a Feira Intermunicipal de Educação, Cultura e Turismo do Alto Oeste Potiguar (FINECAP).

“Desde que começamos a ser atendidas pelo Sebrae, nossas peças ganharam o mundo. Agora as nossas rendas estão em roupas caras e peças de decoração. É uma oportunidade muito boa de mostrar o que produzimos. O povo vê nosso trabalho nas feiras e se interessa, fazendo com que a gente melhore e venda ainda mais”, revela Dona Maria, que expõe pela primeira vez seu trabalho pela na feira.

Segundo a professora aposentada Maria Cândida de Oliveira, admirar a renda do labirinto proporciona a sensação de voltar no tempo. “Lembrei da minha mãe, de quando eu ainda era criança, e ficava observando aquele trabalho tão delicado. Vendo essas peças lindas, tão ricas, me fez sentir em um tempo muito distante e muito agradável” completa emocionada.
Ana Luiza Paz

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