sábado, 4 de fevereiro de 2012

Dois motivos para a atrocidade cometida pelo empresário que matou procuradora.

Ciúme, desespero, medo de perder o patrimônio em um processo de separação litigiosa ou problemas emocionais? Quais foram os motivos que levaram o empresário Djalma Brugnara Veloso, de 49 anos, a matar a ex-mulher, a procuradora da União Ana Alice Moreira de Melo, de 35, e depois se matar? Uma pessoa próxima da família revelou ao Estado de Minas que uma das causas mais prováveis para o crime que chocou Belo Horizonte seriam os documentos que Ana Alice tinha em mãos e que comprovariam casos extraconjugais do empresário, além de irregularidades nos negócios que ele mantinha.

"Ele não tinha nada em seu nome. Ana Alice descobriu isso e o confrontou, pedindo explicações, pois eles estavam casados desde 2001 e tinham um patrimônio em comum. Quanto ao adultério, posso assegurar que ela recolheu evidências de muitos relacionamentos fora do casamento, e não apenas um", disse a pessoa, que pediu para não ser identificada.

Acrescentou que não sabia informar que documentos estavam no dossiê que Ana Alice havia montado, se eram fotografias, relatórios ou certidões, mas reafirmou que o levantamento feito pela procuradora teria motivado a tragédia familiar que resultou no assassinato dela, na madrugada de quinta-feira, no Condomínio Villa Alpina, em Nova Lima, e no suicídio de Djalma, cujo corpo foi encontrado no começo da madrugada dessa sexta-feira, no Motel Capri.

As revelações reforçam a tese de que a briga ocorrida no dia 22, quando Djalma quebrou o celular e o notebook da mulher, além de ter se apropriado de um modem e de um pen drive de propriedade dela, seria uma tentativa desesperada do empresário de destruir as provas coletadas por ela. A discussão começou no clube do condomínio onde o casal morava e terminou à noite, na residência deles, e onde ela foi morta alguns dias depois.

No processo que tramitava no Fórum de Nova Lima, no qual a procuradora denunciava o ex-marido por ameaças de morte e pedia a adoção de medidas protetivas, para preservar a sua integridade física, o Auto 188.12.000.552-8J mostra que um dos pedidos apresentados à Justiça pelo advogado da procuradora era justamente a devolução dos equipamentos em poder de Djalma.
E.Minas

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