quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

'Não se envolvia em briga', diz irmão de lutador de MMA morto no RN

A família do lutador de MMA Guilherme Matos Rodrigues, de 30 anos, não sabe o que pode ter motivado o assassinato do atleta, morto na madrugada desta quarta-feira (12) após ser baleado em uma lanchonete na Grande Natal.

É o que diz o irmão da vítima, Gilson Matos Rodrigues, que não acredita nas suspeitas da Polícia Civil de que a morte esteja relacionada a uma briga em uma boate ou ao processo que o lutador responde por furto.

"Sabia tudo da vida do meu irmão. Era um cara que não se envolvia. Não temos ideia do que aconteceu", afirmou ao G1 nesta quarta-feira (12). Gilson explica que a confusão na boate citada pela Polícia Civil de fato ocorreu, porém o lutador só teria impedido que batessem em um amigo, também lutador.

"Além disso, a pessoa que se envolveu na confusão não era filho do dono da boate, era um cliente. Depois tudo ficou esclarecido", diz.

Sobre a linha de investigação que relaciona a morte de Guilherme a um processo que ele responde na Justiça potiguar, Gilson conta que o irmão "não tinha mais envolvimento com nada".

De acordo com o irmão do lutador, a morte de Guilherme abalou a família. "Estamos todos abalados. A maioria da família é de Belém, no Pará, e já está vindo para Natal", conclui Gilson Matos Rodrigues.

De acordo com o delegado Frank Albuquerque, responsável pela investigação do caso, Guilherme Kioto, como era mais conhecida a vítima, teria se envolvido em uma briga com o filho do dono de uma boate localizada na praia de Ponta Negra, na zona Sul da capital. 

“Nos disseram que o Guilherme, juntamente com outro lutador, agrediram o filho do dono desta boate”, afirmou o delegado. “Essa briga pode ter motivado o crime. É uma possibilidade que já estamos apurando”, confirmou. 

Ainda segundo Frank Albuquerque, que é titular da 2ª Delegacia de Polícia de Parnamirim, este outro lutador, o empresário e o filho dele devem ser intimados para prestar esclarecimentos assim que forem localizados. 

Quando teria acontecido a suposta briga, os nomes dos envolvidos - assim como o nome do dono da boate - não foram revelados para não atrapalhar as investigações. 

 Além da possibilidade de vingança, o delegado revelou que existe uma outra linha de investigação que não pode ser descartada. “O Guilherme já foi envolvido em furtos de toca CD e toca fita de carro. Isso foi há alguns anos, mas também é algo que temos que considerar”, ressaltou. 
G1-RN

Nenhum comentário:

Postar um comentário