domingo, 16 de março de 2014

Pedido de transferência para o goleiro Bruno é negado por juiz

O juiz Francisco Lacerda de Figueiredo, da comarca de Montes Claros (MG), respondeu o ofício do colega da Vara de Execuções Criminais (VEC) de Contagem, Wagner de Oliveira Cavalieri, descartando a possibilidade de receber o goleiro Bruno na penitenciária local para que o ex-atleta do Flamengo pudesse retomar a carreira no Montes Claros Futebol Clube, time com o qual assinou contrato no mês passado. Segundo Figueiredo, o presídio está operando acima da capacidade e, portanto, não há como receber o condenado. 

Bruno cumpre pena de 22 anos e três meses em regime fechado pelo sequestro e assassinato da modelo Eliza Samudio. Em 28 de fevereiro deste ano, assinou contrato para jogar pelo Montes Claros, que disputa a segunda divisão do futebol mineiro. 

A liberação do jogador para atuar, no entanto, depende da Justiça. O pedido de transferência de Bruno da Penintenciária Nelson Hungria, em Contagem, onde está desde 2010, para Montes Claros foi protocolado em janeiro. 

Um dos requisitos que o juiz analisa para atender a solicitação é ter residência fixa ou trabalho. A intenção da defesa era que a Justiça autorizasse a transferência e, depois, permitisse que ele voltasse trabalhar. 

De acordo com a legislação, o ex-atleta do Flamengo só poderá pleitear o direito de trabalhar quando estiver no regime semiaberto, o que deve ocorrer somente em 2018. 

Mesmo assim, o advogado de Bruno, Francisco Simim, mantém a esperança de conseguir com que Bruno retorne aos gramados antes desse prazo. 

”Sob escolta, com uma pessoa da Secretaria de Segurança acompanhando ele, o Bruno pode sim sair para trabalhar. Já há casos de presos do regime fechado que deixam o presídio para estudar ou trabalhar. Eu mesmo tenho duas clientes do regime fechado que fazem o curso de Direito e saem escoltadas e em uma van da Secretaria de Segurança para estudar”, alegou. 

O contrato com o Montes Claros 

O contrato do goleiro com o Montes Claros é de cinco anos. O salário mensal é de R$ 1.430 e tem os direitos econômicos fixados em R$ 2,86 milhões. 

O nome de Bruno já foi publicado no Boletim Informativo Diário (BID) da Confederação Brasileira de Futebol, o que permite que ele atue pelo clube do norte de Minas. 
JH

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