domingo, 11 de junho de 2017

Explicada a razão pelo qual as fotos de Bin Laden morto não foram mostradas

A morte de Osama bin Laden fez estremecer o mundo. O líder e fundador da Al-Qaeda foi morto a 2 de maio de 2011 e até hoje não foram reveladas imagens da sua morte. 

As questões mantém-se e muitos procuram saber porque é que a Casa Branca não libertou as imagens do corpo do terrorista. 

Quando Saddam Hussein foi morto, as fotos do enforcamento do antigo presidente do Iraque correram o mundo. Assim como as fotografias da morte dos seus dois filhos, Uday e Qusay. 

É no livro escrito por Robert O’Neill, um membro da equipa que matou Bin Laden, e numa publicação de Jack Murphy, antigo militar, que se podem encontrar respostas para o porquê de não terem sido divulgadas imagens do cadáver do líder da Al-Qaeda. O’Neiil faz revelações arrepiantes. 

Conta que a cabeça de Osama ficou aberta ao meio e que os militares tiveram de juntar as duas partes para confirmar a sua morte. No site Sofrep, o antigo soldado e cientista político Jack Murphy explica que o estado do corpo de Bin Laden punha em causa a reputação dos militares dos EUA. 

Os soldados dispararam mais de 100 balas contra o terrorista. A exposição do corpo do terrorista morto poderia causar “um escândalo internacional” e as “investigações [sobre este caso] iriam levar a outras operações que muitos querem manter em segredo”. “Sob as Leis da Guerra Terrestre, um soldado tem todo o direito de fazer alguns tiros no alvo, depois de este ter caído. Sempre que o inimigo não se rende, é moral, legal e ético atirar contra o corpo algumas vezes para se certificar de que está realmente morto e não representa mais uma ameaça. Mas o que aconteceu a Bin Laden foi excessivo.”, explicou Murphy. 

O militar conta como matou Bin Laden 

O’Neill descreveu, no livro “The Operator”, a atuação da equipa 6 do SEAL – a principal força de operações especiais dos EUA – e refere que disparou os tiros fatais sobre Bin Laden abrindo-lhe a cabeça em forma de V. A equipe entrou em Abottabad, no Paquistão, à procura da casa de três andares onde supostamente vivia Osama. 

Foi no segundo andar que a equipa encontrou o filho do terrorista, armado com uma AK-47. “Khalid, vem aqui”, disse a equipa. 

Ao mostrar a cabeça, para espreitar, o homem foi morto com tiros na cabeça. Foi aí que O’Neill e outro militar subiram ao terceiro andar. Ao entrar na habitação do fundador de Al-Qaeda encontraram duas mulheres que imobilizaram de imediato com receio de que fossem bombistas suicidas. 

Ao fundo estava Osama bin Laden e O’Neill, sem hesitar, disparou. “Em menos de um segundo, apontei a arma por cima do ombro direito de uma das mulheres e apertei o gatilho duas vezes. A cabeça do terrorista abriu-se ao meio e ele caiu para o chão. Disparei outra bala para a cabeça, por segurança”, escreveu o autor do livro. Pouco depois o governo dos EUA anunciou o sucesso da ‘Operação Gerónimo’. O corpo de Bin Laden foi, em segredo, deixado no mar Arábico no dia 2 de maio de 2011.
CMPT

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