sábado, 5 de agosto de 2017

Lula: 'eles sabem que a gente vai voltar'

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, réu em seis ações penais, desafiou os seus rivais e a Justiça a provarem que ele tenha realmente cometido algum crime, e insinuou que o Partido dos Trabalhadores (PT) voltará a governar o Brasil. 

Em discurso durante um evento na cidade de São Paulo nesta sexta-feira, o ex-chefe de Estado reforçou o discurso de golpe e disse que tanto ele como o povo brasileiro são vítimas dos golpistas, que deveriam se desculpar por tudo que têm feito com o Brasil. 

"Se eles querem tentar evitar minha candidatura, ok. Mas não podem, para me prejudicar, prejudicar mais de 200 milhões de brasileiros", afirmou. 

Atacando a imprensa e destacando conquistas do seu governo, como a atenção especial dada à parcela da população mais pobre, o petista, condenado em primeira instância, no mês passado, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, criticou duramente a atual administração federal, afirmando que a solução para o país passa necessariamente pela mudança de governo. 

"Não se preocupem comigo. A luta não é pelo Lula. O importante é salvar este país daqueles que querem um Brasil subordinado aos países ricos. O que eles não sabiam é que esse país tem um povo que não quer guerra com ninguém, mas que quer um país soberano, não republiqueta de banana", disse o político. "A solução para os problemas desse país vai acontecer quando tivermos de novo um governante com credibilidade". 

Por último, Lula provocou seus adversários falando em uma possível volta ao poder e afirmou que todos aqueles que hoje o acusam terão de se desculpar. "Quero que eles provem que tem um real roubado na minha vida. Se não, por favor, tenham a dignidade de pedir desculpas ao Brasil e ao PT." 

Apesar das inúmeras acusações contra ele, o ex-presidente segue como grande favorito para a eleição presidencial de 2018, a qual ainda nem sabe se vai poder disputar. 

Segundo pesquisa recente realizada pelo Vox Populi, Lula lidera as intenções de voto em todos os cenários, alcançando até 48% da preferência no primeiro turno e 53% no segundo. 
SB

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