Em janeiro de 2011, a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) assumiu com o discurso que havia herdado mais de R$ 800 milhões em dívidas dos governos Wilma de Faria e Iberê Ferreira de Souza. Não duvido.
A coisa já andava feia nas finanças do Estado naquela época.
Dois anos e oito meses depois, Rosalba soma dívidas de mais de R$ 100 milhões em restos a pagar de sua gestão.
Os valores são estimados pela Associação Comercial e Empresarial do Rio Grande do Norte.
Ontem, em conversa com Itamar Maciel, da Associação Comercial, ele me dizia que mais de 80 empresários procuraram a entidade para pedir um canal de comunicação com o Governo.
A ideia não é emparedar a governadora, mas viabilizar um acordo para o pagamento escalonado de R$ 20 milhões em dívidas já consolidadas e levantadas pela Associação. Pode haver muito mais.
Um grupo de empresários evita dar publicidade aos créditos que possui junto ao Governo com medo de represálias do chefe do Gabinete Civil, Carlos Augusto Rosado, que andou ameaçando suspender contratos dos empresários insatisfeitos e impacientes.
Carlos Augusto, como informei ontem aqui neste espaço, exige que os empresários mantenham o fornecimentos de produtos e a prestação de serviços até que o governo encontre uma solução para os problemas financeiros do Estado.
Itamar Maciel entende que o Governo precisa ter uma estratégia para resolver o problema das micro e pequenas empresas que fornecem produtos e prestam serviços ao Estado, porque elas representam 96% dos empregos no Rio Grande do Norte.
E muitas delas estão em situação de falência.
Somente com os contratos de locação de veículos para as polícias Militar e Civil, o Governo soma débitos da ordem de R$ 1 milhão.
A dívida pode ser maior porque o Governo não revela o número exato de automóveis locados em circulação. Se a segurança anda ruim, como vai ficar sem carros para o transporte dos policiais em serviço?
Este é mais um drama do Rio Grande Quebrado do Norte.
Diógenes Dantas
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