O potencial de desenvolvimento do Pró-Sertão continua atraindo o interesse das prefeituras e dos empreendedores do interior do Rio Grande do Norte.
O programa do Governo do Estado, apontado como um importante diferencial para ocupação da mão-de-obra e incentivo ao empreendedorismo nos municípios, pode chegar a fechar o ano de 2014 com 80 facções em funcionamento, segundo expectativa da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec).
Lançado no ano passado, até o momento o programa já integrou 30 microunidades de produção, responsáveis pela geração de 1.100 empregos com carteira assinada aproximadamente.
A Sedec trabalha com a estimativa de que mais 20 unidades firmem parceria com as indústrias âncoras durante apenas o mês de maio.
“Já temos essas 20 novas facções confirmadas, que nos dará um número de 50 unidades em funcionamento. Porém, a nossa expectativa é de que esse número cresça, podendo chegar ao final do ano com uma previsão de até 80 facções”, explicou Gilenildo Santos, coordenador do Pró-Sertão.
“Essa nossa expectativa vai de encontro com a perspectiva de peças produzidas pelas indústrias têxteis. Precisamos aumentar o número de facções e estamos articulando para isso”, disse.
Na visão do coordenador do programa, uma das maiores dificuldades para a “guinada” no setor de confecções do Rio Grande do Norte, com o estímulo do Pró-Sertão, é o processo burocrático no qual as indústrias se submetem.
“A abertura de uma facção depende de muitas situações, como licenciamento ambiental, qualificação de pessoal, documentações diversas. Para colocar uma facção em funcionamento levamos em média três meses. Já era para termos um número maior de pequenas unidades de produção, mas essas burocracias impedem a celeridade do processo. De todo modo, estamos buscando alternativas”, afirmou Gilenildo.
A demora na liberação de licenças e a realização de auditorias por parte da principal contratante, a Guararapes, são apontadas entre as dificuldades para aberturas de novas facções.
O Pró-Sertão, programa criado pela Sedec durante a gestão de Rogério Marinho na pasta, é um incentivo à indústria têxtil e promete abrir 300 pequenas confecções no interior potiguar até o ano de 2017.
A Hering, que compra peças de facções potiguares há 15 anos, tem interesse em ampliar o número de fornecedores no RN. E o grupo Ztec, que controla a fábrica RMNor, também se mostrou interessado na proposta.
Com essas duas empresas, mais a demanda da Guararapes, o Pró-Sertão deverá fixar até 2018 cerca de 360 facções.
O projeto também está focado na qualificação da mão de obra produtiva e na melhoria da gestão empresarial, recebendo apoio articulado por parte de instituições parceiras como Sebrae/RN e Fiern.
JH
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