quarta-feira, 18 de março de 2015

Fátima Bezerra defende reforma política com ampla participação da sociedade

A senadora Fátima Bezerra (PT- RN) defendeu, em Plenário, nesta quarta-feira (18), uma reforma política democrática, que atenda aos anseios dos principais movimentos sociais da sociedade. 

Fátima destacou campanha encabeçada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e pela Ordem dos Advogados do Brasil , em conjunto com diversas entidades da sociedade civil, que já recolheu meio milhão de assinaturas em defesa de um projeto de lei de iniciativa popular para efetivar uma reforma política de qualidade no país. 

Entre os principais pontos da chamada reforma política democrática estão o fim das doações de campanha por empresas, eleições proporcionais em dois turnos, proporcionalidade na representação por homens e mulheres e fortalecimento da participação da sociedade em decisões nacionais importantes. 

Para a senadora, as manifestações da sexta-feira (13) e do domingo (15) têm um ponto em comum. Ela acredita que tanto os cidadãos que ocuparam as ruas em defesas dos direitos da classe trabalhadora, da Petrobras e da manutenção das instituições democráticas como aqueles que se uniram em um movimento que chegou a pedir o impeachment da presidente Dilma têm o mesmo objetivo: o fim da corrupção. 

Fátima lembrou que a insatisfação da sociedade não é recente. As manifestações de junho de 2013, que começaram com o aumento das tarifas do transporte público, desencadearam um amplo movimento com pautas difusas, com críticas dirigidas aos três Poderes. “Nenhum de nós pode se enganar e imaginar que as reivindicações expressas no dia 13 de março dizem respeito somente aos interesses da esquerda e do governo da presidenta Dilma, assim como nenhum de nós pode se enganar e imaginar que as reivindicações expressas no dia 15 de março, sob o guarda-chuva do pedido de impeachment, dizem respeito somente aos interesses da direita e da oposição”. 

Para a senadora, no entanto, as manifestações violentas e de intolerância política, com pedidos de fim dos partidos políticos e até mesmo de intervenção militar no país, como forma de combater a corrupção, devem preocupar tanto os que estão no governo quanto a oposição. 

“É nosso dever e obrigação abstrair o que há de comum nas múltiplas vozes da sociedade brasileira para construir consensos possíveis nesta Casa. É nosso dever e obrigação ainda repudiar toda e qualquer ameaça à institucionalidade democrática, todo e qualquer ato de violência”. 

Como educadora, a senadora se disse chocada com uma faixa em especial que dizia “Basta de Paulo Freire”. O cartaz chegou a receber uma resposta imediata da Organização das Nações Unidas (ONU), que publicou em sua página do Facebook uma frase de Paulo Freire: “Educação não transforma o mundo. Educação muda pessoas. Pessoas transformam o mundo”.

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