Após os depoimentos desta quarta-feira, a polícia informou que a estudante Adriene Cyrilo Pinto, 20, confessou que mentiu e confirmou a versão do atacante Adriano, do Corinthians, sobre o tiro acidental.
O atleta tinha declarado que a própria vítima manuseava a arma quando a pistola disparou. A versão do jogador ia de encontro à da estudante até hoje, pois ela havia dito anteriormente que o corintiano era o responsável pelo tiro em sua mão, sábado de manhã, quando estavam no carro dele.
"Depois da reconstituição ela admitiu que pegou a arma no chão do carro e que disparou sem querer. Ela chorou e disse que estava arrependida, que ficou perdida no meio da confusão e por isso nos deu aquela versão", disse o delegado Fernando Reis, responsável pelo inquérito.
Adriene, que foi baleada no carro de Adriano, aparece com o braço imobilizado após cirurgia; Veja mais fotos da reconstituição. Segundo o delegado, mesmo com a confissão o inquérito ainda não está concluído. Ele vai aguardar o resultado do exame para detectar a presença de pólvora nas mãos de Adriene e do jogador.
A mulher poderá ser enquadrada por crime de denunciação caluniosa, que prevê pena de 2 a 8 anos de prisão.
A acareação e a reconstituição duraram quase cinco horas. Por cerca de meia hora o corintiano ficou dentro de sua BMW com Adriene, o tenente da PM reformado Julio Cesar de Oliveira, que dirigia o carro, e de duas das outras três mulheres que o acompanhavam, Andreia Ximenes e Viviane Faria. A perícia realizada pela Polícia Civil do Rio já tinha constatado que o tiro foi disparado do banco traseiro.
Adriene foi submetida ontem pela manhã a uma cirurgia para reconstrução do dedo indicador da mão esquerda, atingido pelo disparo. Ela recebeu alta no início da tarde desta quarta-feira. Depois, foi para a delegacia.
Adriano chegou à delegacia com a mesma BMW branca, com placa de São Paulo, onde o tiro foi dado. Ele, porém, não estava dirigindo o automóvel.
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