domingo, 13 de dezembro de 2009

SAMBA SÓ: O PRÓPRIO HINO DE JARDIM DO SERIDÓ.

Em dezembro de 1992, alguns amigos motivados se reuniram no Bar e Restaurante O Seresteiro e iniciaram uma audição do que era o gênero da época, músicas pagodeiras, e curtiram até juntar muita gente. O inusitado sucesso foi tão grande que o proprietário do bar - Chiquinho de Chagas, in memorian - disse em alto e bom som: “o lugar de vocês é no palco”.

Foi a “deixa” para a turma do Samba Só se reunir outras vezes, num mesmo congraçamento melódico, como objetivo maior de se divertir, mas aí, inevitavelmente nascia o mais novo naipe artístico, especialista em samba – pagode, que o sexteto fundador batizou de Samba Só. “De ensaio em ensaio ficamos aquecidos e adaptados no ritmo – pagode do momento”, disse José Araújo, um dos que iniciou com o conjunto.

Gilberto Valdeger – Betão – outro integrante, ouvido pelo por esse jornalista, sobre o crescimento do Samba Só, enfatizou: “Chegamos onde não imaginávamos chegar. Tocamos em todo Seridó, Natal e em algumas cidades da Paraíba com enorme sucesso. No veraneio de 1995 fomos contratados pelo Bar do Rio e o Amarelinho localizados em Natal, restaurantes que faziam pacotes turísticos de várias partes do país e exterior”.

Edjanir também se expressou sobre o grupo melódico: “A admiração era grande quando a turistada tomava conhecimento que éramos oriundos do sertão potiguar. Fomos pioneiros no Seridó, no estilo roda de samba, pagode lento e pagode credenciado. Caicó foi quem mais deu IBOPE ao Samba Só. As domingueiras do Hotel Vila do Príncipe chegou a vender 60 grades de cerveja, quando o conjunto jardinense fazia apresentações”, destacou.

Quando o “Axé” passou a ritmo da época, em 2001, o grupo deu uma parada. “Não tínhamos como atender o pedido do público. Outro fato foi à mudança na vida familiar de cada integrante. No começo ensaiávamos de segunda a sábado e no domingo fazíamos uma feijoada na casa de um componente e ensaiávamos outra vez. Esse sétimo mudou”, comentou José Araújo.

Sobre o assunto o componente Neném de Aragão foi incisivo: “Para vocês terem uma ideia, Betão dividia o tempo com trabalho, faculdade, vereador e a família. Mas no ano de 2004, fomos convidados a animar uma feijoada em Natal, da qual Jardim do Seridó estava presente com suas figuras mais expressivas. Foi a reentree do Samba Sôo. Resolvemos ensaiar e voltar ao palco”.

De acordo com comentários de Aldenis, foi em fevereiro de 2004, em pleno apogeu, que o Samba Só perdeu ITAMAR, um de seus integrantes, que faleceu deixando uma saudade imonedoura. “Itamar era um pessoa de grande valor, amigo, solidário e de excelente caráter. Houve um enorme abalo melódico e moral para o grupo que não chegou acabar, mas os contratos, a partir daí foram desaparecendo”, afirmou.

Em 2007, José Araújo começou a trabalhar três expedientes. A turma pelo motivo resolveu não voltar mais ao palco, pois não havia condições de atender os compromissos. No entanto, o Samba Só não acabou. Cantam nos aniversários dos integrantes e seus familiares, em reuniões informais dos componentes para relembrarem o sucesso de outrora e o óbvio ululante.

O Samba Só gravou um CD em 1993, onde existe o verdadeiro “Hino de Jardim do Seridó”.

Fundadores do Samba Só: Betão, Itamar (in memorian), Aldenis, Edjanir, José Araújo e Nenem de Aragão.

Também integrantes: Marcos, Toinho, Sansão, Cristóvão e Nego Aldo.

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