Antes de assumir o mandato de prefeita, Micarla de Sousa (PV) fez cursinho de gestão com o Democratas [visitou o Gilberto Kassab em São Paulo] e com os tucanos [visitou o então governador mineiro Aécio Nevez]. Tempo perdido. Não serviu para nada.
Obrigada a se aproximar da presidente Dilma Rousseff, ela correu para estudar a cartilha do PT na doce ilusão de contar com as verbas de Brasília. Resultado: Micarla ficou sem identidade política. Ela foi eleita de um jeito e tentou administrar Natal de outro.
A metamorfose política e a incapacidade de gestão influíram bastante na alta rotatividade da equipe da borboleta.
Ao longo de três anos de administração, Micarla de Sousa mudou 56 secretários de primeiro escalão, um a cada 20 dias, para quem gosta de estatística.
Teve de tudo na equipe do lepidóptero: democratas, tucanos, peemedebistas, republicanos, mobilizadores, ex-petistas, pevistas, gente sem partido, gente séria, gente nem tanto.
A dança das cadeiras tem marcado negativamente a gestão de Micarla de Sousa, uma das piores que Natal já teve. Quem afirma isso não sou eu ou qualquer outro que possa ter má vontade com esta moça. E sim, 90% dos natalenses que desaprovam o governo de Micarla de Sousa.
O mandato de Micarla caminha para um final melancólico. Ela tem ainda 11 meses de administração, mas parece que não tem nenhum. A maioria das pessoas tem a impressão que este governo acabou. Na prática, é isso mesmo. Micarla tem pouco mais de 5 meses de gestão. A partir de julho, todos se voltam para as eleições, inclusive ela. Após o pleito, Micarla terá menos de dois meses para encerrar este mandato.
Se Deus lhe der a graça da reeleição, coisa que considero improvável, ela vai continuar no seu mundo de fantasias. Se o eleito ou eleita for outro nome, Micarla cai na real.
Por enquanto, é Natal aqui, é Natal agora.
Diógenes Dantas
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