Em decorrência de tessitura conduzida pelo agropecuarista e ex-deputado Carlos Augusto Rosado, marido e principal conselheiro político da governadora Rosalba Ciarlini, evoluiu em duas pontas, esta semana, o processo que tende a nos próximos dias efetivar a enfermeira Fafá Rosado, prefeita de Mossoró como sucessora do psiquiatra e ex-deputado estadual Alcimar Torquato como conselheiro do Tribunal de Contas do Estado.
Principal preocupação de Estado nos últimos meses num Rio Grande do Norte cuja estagnação econômica assusta, a questão foi tratada junto a Fafá, que finalmente concordou em renunciar ao mandato até março próximo, depois de inaugurar algumas obras que devem, no seu entender, marcar positivamente sua gestão à frente do governo de Mossoró.
Ela e Carlos Augusto, mas principalmente o irmão de Fafá que mais se opunha à renúncia, o animador cultural Gustavo Rosado, muitas vezes mencionado em Mossoró como prefeito de fato, acertaram os ponteiros durante encontro que compartilharam no Palácio da Resistência, sede da prefeitura mossoroense, na última segunda-feira.
Paralelamente, em nome de Carlos Augusto, o secretário estadual de Articulação Política, bacharel em direito Esdras Alves, cada vez mais obrigado a assumir tarefas da chefia da Casa Civil do executivo potiguar, aplainou junto a integrantes do tribunal as arestas que estes levantaram no trimestre passado, por ocasião da aposentadoria de Alcimar, à adoção da corte como moeda de troca na sucessão municipal em Mossoró.
A renúncia de Fafá, para receber um dos pecúlios mais almejados por políticos potiguares, transformará em prefeita de Mossoró e assim candidata à reeleição em outubro que se aproxima a vice-prefeita e ex-deputada estadual Ruth Ciarlini, que de outra forma, consoante as normas que regem as inelegibilidades no Brasil, não poderia disputar mandato enquanto sua irmã mais velha ocupar a governadoria, em Natal.
Roberto Guedes
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