Sem vaga na principal categoria do automobilismo mundial após 19 temporadas completas, Rubens Barrichello não quer parar de correr. Mas ainda não definiu onde competirá em 2012. O piloto, que completará 40 anos em maio, faz questão de reforçar que ‘o futuro está aberto’. Seja para a Indy, onde foi o mais rápido num teste coletivo organizado pela categoria, ou mesmo na Fórmula 1, cujas portas estão fechadas no momento. Mas garante: não quer ficar em casa.
Com o olhar de um ‘novato’ que mostrou seu talento diante dos principais pilotos da Indy, Rubens não esconde o orgulho pelos tempos alcançados na pista de Sebring, quando foi o melhor entre os que testaram o novo chassi que a categoria usará em 2012.
- Eu me encontrei super bem com o carro, essa é a verdade. Achei que teria muitos problemas para me adaptar aos pneus, porque passei 19 anos na Fórmula 1, onde há o cobertor (térmico), e na Indy você sai do box com o pneu a zero, mas foi uma adaptação rápida. Com 20 voltas eu já estava fazendo tempos bons. Isso foi impressionante, uma coisa gostosa de ter vivido. Um teste sem muita expectativa, que puxou um alarme forte na categoria por eu ter feito uma coisa que se espera de jovens, não de um quase quarentão. E eu sempre disse isso na Fórmula 1: eu não vendo experiência; eu vendo a juventude e a vontade que eu tenho atrás do volante. Isso que me impulsionou e dá o tom para um futuro que pode ser promissor – disse o piloto, em seu retorno ao Brasil.
‘Promissor’ é um termo apropriado para o momento. Rubens admite que já recebeu propostas relacionadas à categoria norte-americana, mas que sua decisão tem que ser muito bem pensada. Para quem vive há mais de três décadas de olho no cronômetro, correr contra o tempo não parece problema.
- Quero estar com o volante na mão, acho que não chegou o momento de parar. Realmente fui para lá sem intenção nenhuma, com a mente bem aberta. Mas sabendo que, como eu gosto tanto, poderia gerar alguma coisa. O telefone está tocando, é um momento muito legal, mas é um momento de atenção, em que tem que haver calma para analisar tudo sem querer dar um salto maior que a perna e aí então tomar uma decisão justa. A decisão não deve demorar, porque, se eu for mesmo correr de Indy, ela tem que ser tomada em uma semana – alertou Rubinho.
G1
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