O corintiano fanático Adilson Maguila, ex-boxeador famoso nos anos 80 e 90, encontrou na Copa do Mundo do Brasil um momento de alegria e descontração para amenizar o problema que está passando (Mal de Alzheimer e Dementia Pugilistica).
Internado há dois meses na Santa Casa de Misericórdia, em São Paulo, o sergipano viu a seleção brasileira estrear na competição no dia do seu aniversário (12 de junho).
Além disso, ele tem a companhia de sua esposa, Irani Pinheiro, para acompanhar as partidas.
“O Maguila sempre demonstrou um interesse maior pelos jogos do Corinthians. Ele é corintiano roxo. Mas a Copa está sendo legal para ele ficar um pouco entretido. Eu assisti ao jogo do Brasil contra o México junto com ele. Porém, como fica sonolento, não consegue ver tudo. Mas me disse que gostou”.
Maguila teve o Mal de Alzheimer diagnosticado em 2010 (exatamente uma década após abandonar os ringues).
Diante de uma doença degenerativa e sem aceitar tomar a medicação adequada ao tratamento, o ex-lutador piorou no fim de 2012 e ficou internado por três semanas.
Desde então, os médicos descobriram que ele sofre de Encefalopatia Traumática Crônica do Boxeador (Dementia Pugilistica), caracterizada por declínio cognitivo, alterações de comportamento e sinais parkinsonianos.
Alimentação segue sendo feita através de sonda
A esposa de Maguila também contou que o único brasileiro campeão mundial na categoria pesos-pesados (pela Federação Mundial de Boxe – entidade que não está entre as grandes do boxe internacional) teve febre nos últimos dias e continua se alimentando através de sonda (colocada no estômago).
“Apesar dele apresentar estabilidade no quadro, a situação continua delicada. Os médicos estão tratando a febre com antibióticos e fazendo novos exames, que ficam prontos somente no início da próxima semana. Como a questão de alimentação é muito complicada, não há uma previsão de ele voltar para casa – disse Irani, que mantém uma organização não governamental (ONG) visando ensinar boxe a crianças e jovens carentes”.
Maguila, que tem 56 anos e lutou entre 1983 e 2000, disputou 85 combates. Ele obteve 77 vitórias (61 por nocaute), sete derrotas e um empate.
As principais lutas do sergipano foram contra os americanos Evander Holyfield e George Foreman, ambas terminaram com triunfos dos pugilistas estrangeiros.
Em sua última aparição, no velório do narrador Luciano do Valle, o eterno ídolo já estava muito magro e abatido.
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