terça-feira, 3 de junho de 2014

Organização criminosa orquestrou morte de italiano em Natal, diz polícia

Uma organização criminosa está por trás da morte do italiano Enzo Albanese, de 42 anos - dirigente da comissão técnica do time Alecrim Rugby, de Natal, assassinado a tiros no dia 2 de maio em Capim Macio, na zona Sul da cidade. Três pessoas foram presas por envolvimento no crime. 

O mentor, segundo a polícia, é o italiano Pietro Ladogana, de 43 anos, detido na noite da última quinta-feira (29) no aeroporto de Fiumicino, em Roma, quando tentava embarcar para o Brasil. Em Natal, foram presos um policial militar, apontado como o executor do homicídio e a ex-mulher de Pietro, chamada Tâmara Ladogana. 

Há indícios de que uma organização criminosa, supostamente comandada por Pietro, tenha ligação com a máfia italiana.A operação foi batizada de 'Pedra de Fogo' - uma alusão ao nome do principal suspeito do crime, Pietro, versão italiana do nome Pedro, que significa pedra. 

O 'fogo' é porque os suspeitos passaram a 'queimar' (matar) as testemunhas que estavam delatando a suposta organização. 

A Polícia Civil apreendeu um total de 145 mil euros - equivalente a mais de R$ 400 mil. Outros R$ 35 mil em espécie estavam com uma testemunha, que iria ser usada para retroalimentar o esquema fraudulento operado pela organização. Parte do dinheiro,120 mil euros, estava escondido no corpo de Pietro Ladogana quando o suspeito tentava embarcar no aeroporto de Fiumicino. 

Também foram apreendidos vários animais de raça e um caminhão em uma das fazendas administradas pela organização, em Ielmo Marinho, além de cinco carros, sendo quatro deles importados. Um deles é um Corolla de cor Prata, que teria sido utilizado no dia da morte de Albanese.

O delegado Raimundo Rolim, da Delegacia Especializada de Homicídios, detalha que o mentor do crime comandava uma organização criminosa que administrava pelo menos 10 empresas de fachada para cometer crimes, principalmente lavagem de dinheiro. 

"As empresas atuavam aparentemente na legalidade, mas eram utilizadas para fraudes, estelionato, falsificação de documentos, lavagem de dinheiro e outros crimes. Eles atuam em Natal, Extremoz, Ceará-Mirim e Ielmo Marinho", afirma Rolim. A organização criminosa pode ter ligação os Casalesi, um clã mafioso que atua na Itália. 
G1-RN

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