Esquecidas pela indústria farmacêutica, mas capazes de fazer milhões de vitimas mundo afora, doenças como malária, dengue e leishmaniose podem ganhar vacinas em até dez anos. Este é o objetivo do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Vacinas, que encerra hoje um seminário de três dias no Rio.
Três anos atrás, o órgão, que reúne pesquisadores da Fiocruz, UFRJ, USP e UFMG, assumiu como objetivo o estudo de mecanismos de defesa contra as chamadas doenças negligenciadas. Os trabalhos desenvolvidos desde então seguem avançados - alguns já fazem testes em primatas, última etapa antes de levar os experimentos para testes em humanos. Mas, para prosseguir os estudos pelos próximos dois anos, será necessário um financiamento de R$ 12,5 milhões do governo federal.
- Só agora, com o desenvolvimento dos países em que essas doenças são comuns, o interesse de algumas companhias farmacêuticas aumentou - explica Ricardo Gazzinelli, pesquisador do Centro de Pesquisas René Rachou. - Foi constatado, enfim, que existe um mercado.
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