A Polícia Federal abriu investigação para apurar uma suposta rede de espionagem ilegal com atuação em Brasília que teria políticos e autoridades entre seus alvos.
Suspeita-se que até a presidente Dilma Rousseff tenha sofrido tentativa de bisbilhotagem do grupo, além de senadores e deputados.Os documentos incluem extratos de ligações telefônicas e trocas de e-mail entre parlamentares do Congresso Nacional.
Miro disse ao jornal O Estado de S. Paulo que recolheu o material de um araponga, que se sentira ameaçado e estaria agora sob proteção policial.Contatada, a PF informou por meio de sua assessoria que abriu procedimento preliminar de investigação para verificar a autenticidade dos documentos, mas não comentará que encaminhamento deu ao caso para não atrapalhar as apurações.
O órgão confirmou que há indícios veementes de crime no material apresentado e que o caso será apurado com rigor.
O grupo ao qual o espião arrependido está ligado tem foco de atuação no Distrito Federal, voltado para autoridades do governo local.
Mas o material entregue por ele inclui aparentes extratos de ligações e de e-mails de parlamentares federais, como o senador Blairo Maggi (PR-MT), o deputado Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO) e o ex-senador Demóstenes Torres, cassado por envolvimento com o esquema de corrupção e exploração de jogos ilegais comandado por Carlinhos Cachoeira.
Nem a PF ou o deputado, todavia, veem associação automática do grupo com o contraventor. "Não sei se há conexão com o esquema do Cachoeira, pois os extratos eram usados pela quadrilha como efeito demonstração para convencer clientes a fecharem negócio", disse Miro.
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