Trabalhadores rurais de todas as regiões do Rio Grande do Norte se reúnem em Natal, na próxima terça-feira (21/5), para participar do movimento Grito da Seca: sede de água, sede de direitos, uma grande mobilização que pretende chamar a atenção das autoridades e da população para os problemas provocados pela seca.
A concentração do movimento está marcada para as 8h, no Viaduto de Ponta Negra. De lá, cerca de cinco mil trabalhadores vão seguir, em caminhada,nicolas.reboucas@redeintertv.com.br para as proximidades do Estádio Arena das Dunas, onde acontecerá um ato público.
Em seguida, o grupo irá para o Centro Administrativo, com o objetivo de cobrar ações estruturantes do Governo Estadual para a convivência com a seca.
A Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Rio Grande do Norte (Fetarn), que está organizando o movimento, em parceria com o Fórum do Campo Potiguar (Focampo), vai entregar uma pauta de reivindicações à governadora Rosalba Ciarlini, destacando pontos como a questão da terra, os recursos hídricos, a assistência técnica, a concessão de crédito aos agricultores, a educação no campo e a segurança.
De acordo com o vice-presidente da Fetarn, Francisco José, o maior problema hoje é a falta de uma política definida de convivência com a estiagem. “Muitas ações são anunciadas, mas grande parte esbarra na burocracia e não sai do papel. Não existe uma política permanente de enfrentamento da seca”, afirma.
Um levantamento realizado pela Fetarn aponta que os prejuízos provocados pela seca à economia potiguar chegam aos R$ 5 bilhões. Segundo Francisco José, a grande preocupação, neste momento, é com o desequilíbrio da economia rural.
“A situação é grave, e nós já perdemos 60% do rebanho bovino por causa da estiagem”, ressalta o vice-presidente, completando que o problema da seca não é só do campo:
“A seca é uma questão que diz respeito também à cidade. Se o Governo não tomar as providências necessárias, é possível que haja racionamento de água até em Natal”.
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