A polícia aguarda, a partir de segunda-feira (6), o depoimento do jogador Charles, do Palmeiras, sobre a investigação de tortura ao atleta Bernardo, do Vasco.
Segundo o delegado José Pedro Costa da Silva, foi o volante do clube paulista que interveio junto a traficantes para evitar a morte do meia cruz-maltino, após a suspeita de "Menor P", chefe do tráfico no Conjunto de Favelas da Maré, no Subúrbio do Rio, de que Bernardo teria um caso com Dayana Rodrigues, namorada do criminoso, também torturada.
A polícia confirmou que o jogador foi mantido sob tortura psicológica por traficantes. Bernardo foi levado para um barraco, onde foi ameaçado e obrigado a ficar nu.
Dayana sofreu agressões, levou tiros de raspão e chegou passar por duas cirurgias, segundo a Secretaria municipal de Saúde.
A situação só se resolveu quando Menor P foi convencido por Charles, que é da comunidade, de que, na hipótese de o caso ser divulgado, a presença da polícia ali colocaria sua liderança em risco.
Além de Marcelo Santos das Dores, o Menor P, outros três criminosos foram identificados como Relâmpago, Zangado e TH.
Eles terão a prisão preventiva pedida assim que todas as provas do caso sejam reunidas, segundo o delegado da 21ª DP (Bonsucesso).
Os quatro serão indiciados pelos crimes de tortura, lesão corporal grave e cárcere privado.
G1
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