Dispensado pelo Botafogo em 3 de outubro, Emerson Sheik avisou ontem que curtirá a praia até o fim do ano. A declaração causou um misto de alívio e pânico no Corinthians, dono dos direitos federativos do atacante.
O alívio se explica porque havia o temor que ele quisesse treinar com o elenco corintiano, ideia abominada por Mano Menezes e vários ex-colegas.
Já o pânico está ligado ao salário de R$ 520 mil por mês que Sheik ganha. A diretoria assegura que não vai desembolsar sequer um centavo com o bad boy antes da virada do ano.
"A responsabilidade é do Botafogo, que o contratou por empréstimo. Por sinal, ninguém do Botafogo nos procurou até agora para falar sobre a dispensa do Sheik. Nem fomos comunicados oficialmente", explica Ronaldo Ximenes, diretor de futebol corintiano.
Ao contrário do que se divulgou na época do empréstimo de Sheik, o Corinthians não tem mais qualquer responsabilidade sobre os salários do atleta.
“Quando ele foi para o Rio, combinamos que nós arcaríamos com 100% dos vencimentos. Só que a história mudou quando contratamos o Lodeiro. Demos R$ 2 milhões ao Botafogo e esse dinheiro incluía o pagamento de Sheik até dezembro”, justifica.
Desta maneira, cabe somente aos cariocas bancarem o salgado salário de Sheik. A preocupação no Parque São Jorge é de que o Sheik vá à Justiça contra o Corinthians pelo não cumprimento do acordo por parte do Botafogo - o clube deve seis meses de direitos de imagem e três meses de salários na carteira ao grupo.
"Mas está bem claro no contrato que o Sheik só passa a ser nossa responsabilidade a partir de 2015. Até lá, ele é jogador apenas do Botafogo", conclui Ximenes.
Sheik foi dispensado pelo presidente do Botafogo, Maurício Assumpção, ao lado de Bolívar, Julio Cesar e Edilson.
Na oportunidade, o cartola alegou deficiência técnica. Nos bastidores de General Severiano, porém, garantem que o corte teve a ver com a irritação do quarteto em relação aos seguidos atrasos nos pagamentos.
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