Os bancários do RN decidiram em assembléia na noite de 28 de setembro entrar em greve por tempo indeterminado a partir de 6 de outubro (terça-feira), seguindo o calendário do Comando Nacional.
Os bancários entendem que não há outra linguagem que os banqueiros entendam que não a greve. Infelizmente, a pauta foi entregue no início de agosto e apesar de cinco rodadas de discussão, a Fenaban não se dignou a apresentar uma proposta justa à categoria.
A oferta é de apenas 5,5% mais um abono de R$ 2.500, um retrocesso aos tempos de FHC em que os bancários viram seus salários se deteriorarem sem reajuste e maquiados por abonos.
A ideia da categoria era iniciar a greve imediatamente, entretanto, após avaliação dos presentes, a base entendeu que a greve nacional teria mais força na negociação e que o RN sozinho não poderia mudar o cenário nacional que se avizinha.
Pesquisas do Dieese, com base nos dados do INSS, evidenciam a relação da rotina estressante de trabalho com os adoecimentos. Os casos de transtornos mentais e comportamentais estão crescendo muito mais rapidamente na categoria bancária e já superam os adoecimentos relativos à LER/Dort.
Entre janeiro e março do ano passado, 4.423 bancários foram afastados do trabalho, sendo 25,3% por lesões por esforços repetitivos e distúrbios osteomusculares e 26,1% por doenças como depressão, estresse e síndrome do pânico.
O adoecimento da categoria é tido como uma das bandeiras da Campanha Salarial deste ano.
Sindicato dos Bancários do RN
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