Há exatos dez anos, explodia o escândalo da Máfia do Apito, como ficou conhecido o esquema de manipulação de resultados nos jogos apitados por Edílson Pereira de Carvalho.
Hoje, com 52 anos de idade, o ex-árbitro mora de favor na casa da mãe, uma senhora de 89 anos, na cidade de Jacareí, interior do estado.
Após trabalhar como balconista, auxiliar de produção, empilhador e conferente, ganhando sempre menos de R$ 1 mil mensais, Edilson está desempregado. E diz ser obrigado a viver com a aposentadoria da mãe, que recebe R$ 1,5 mil.
A maior parte da aposentadoria do pai, falecido, é descontada por causa de um empréstimo consignado feito por ele.
Aos amigos, o ex-juiz explica que não dura mais do que uma semana nos bicos que faz. É o tempo de alguém o reconhecer e ele ser demitido.
Seu carro, modelo 1.0 e com quase oito anos de uso, está batido e sem previsão de reforma.
Divorciado desde 2013, Edílson briga na Justiça para reaver metade da casa onde morou com a ex-mulher.
Ela até tentou comprar a parte do ex-árbitro, mas o bem é alvo de penhora — o presidente da FPF, Reinaldo Carneiro Bastos, processou e ganhou uma ação contra Edílson.
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