A condução errática da comunicação e do marketing parece estar na origem de várias das escorregadas iniciais de Michel temer.
Mesmo quando entra para tentar corrigir falhas em outras áreas, a estratégia de comunicação tem sido um tanto infantil.
E não só porque o filho de Temer, Michelzinho, escolheu o slogan do governo. Outros gestos, como a batidinha que Temer deu na mesa nesta quarta-feira para tentar passar firmeza nas decisões, mostram o improviso nessa área.
O tapa não teve nada de espontâneo. Nem de convincente. Serviu para reforçar o que pretendia negar: que o presidente é suscetível a pressões e já voltou atrás em um número recorde de decisões em menos de duas semanas na Presidência.
Recriou o Ministério da Cultura, cedeu ao baixo clero ao nomear como líder do governo um investigado por assassinato, vai recriar a secretaria de reforma agrária, desta vez inexplicavelmente subordinada à presidência, e demitiu o ministro do Planejamento.
Pode, ainda, dar de novo ao presidente do Banco Central o status de ministro para que conserve o foro privilegiado.
Por fim, Temer não foi feliz ao dizer que sabe lidar com bandidos. Diante da aproximação da Lava-jato de pessoas próximas ao presidente interino, a habilidade pode ser, de fato, necessária.
ROL
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