Diferentemente de todos os demais ministros, José Serra fez sua estreia á frente do Itamaraty com pompa e circunstância.
Esperou a posse de Michel Temer e o anúncio da equipe econômica para, num dia sem concorrência, fazer seu primeiro discurso como chanceler.
Depois de traçar novas diretrizes para a diplomacia e o comércio exterior brasileiro, fazendo questão de tecer críticas ao modelo petista de política externa, Serra deixou o ponto central de sua fala para o minuto final dos 20 em que falou.
Disse, sem cerimônia, que com sua nomeação o Itamaraty retorna ao centro do poder no governo. Deixou claro que pretende participar de decisões que vão além das atribuições tradicionais da pasta, ao discutir, por exemplo, o problema das fronteiras.
Não à toa fez questão de pontuar a fala com relatos de sua trajetória nos cargos públicos que ocupou e terminou dizendo que não está ali para “cumprir tabela’’.
A plateia lotada de políticos, colegas de Esplanada e ministros de tribunais não deixava dúvida. O tucano falou e foi ouvido não como chanceler, mas como presidenciável.
ROL
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