A falta de medicamentos e de verba para custear os médicos de plantão no Hospital Maternidade Ruy Mariz (HMRM), em Jardim do Seridó, podem acarretar no fechamento da unidade justamente no carnaval, período em que a demanda de atendimento mais aumenta na cidade. A afirmativa é do presidente do hospital, Anesiano Ramos.
Em resposta às declarações do prefeito padre Jocimar Dantas ao DN Seridó, no dia 11 passado, sobre a negativa de repassar parte do orçamento da saúde ao HMRM, a direção do hospital enviou nota à imprensa repudiando a opinião do padre, sobretudo, acerca da vontade manifestada pelo gestor de municipalizar o hospital, que é filantrópico.
Ao DN Seridó, o diretor da maternidade Anesiano Ramos, contestou a atitude do padre e afirmou que o impasse foi todo criado pelo prefeito. “O hospital existe há 50 anos, sempre recebeu auxílio do Poder Executivo e agora, quando o prefeito assumiu, resolveu impor condições para realizar o repasse de dinheiro”, diz Anesiano.
Ainda segundo o diretor, o padre Jocimar, ao assumir a prefeitura, impôs que só repassaria algum auxílio se pudesse nomear o diretor do hospital, condições que não aceita pela atual administração do órgão.
“E mesmo assim, ele só repassaria metade do que já era repassado na gestão anterior. Nos reunimos para sugerir outras alternativas. Sugerimos que, ao invés da direção, o padre fizesse um convenio conosco e nomeasse um supervisor para verificar todo o procedimento do hospital, fiscalizar a destinação de verba, mas ele não aceitou. Além de só querer a direção, ele insistiu em um nome, que também não foi acatado porque seria impossível o convívio dessa pessoa com a nossa administração. Tentamos fazer com que o prefeito colocasse um supervisor da sua própria secretaria, mas ele também não quis”, argumenta Ramos.
O presidente do Ruy Mariz faz questão também de rebater os argumentos que o prefeito utilizou para alegar como inconstitucional a lei aprovada pela câmara municipal, que prevê o repasse de 80% da verba aprovada na saúde para o hospital. “O prefeito padre insiste em mentir ao dizer que essa lei foi criada pelos vereadores. Como ele certamente sabe, a lei foi enviada pelo Poder Executivo no dia 30 de dezembro do ano passado. Não foram os próprios vereadores que criaram, como ele faz questão de dizer. O gestor anterior entrou com o projeta justamente porque já previa que o problema aconteceria, como o padre já havia dito durante a campanha eleitoral”, comenta.
Por causa da suspensão da verba da prefeitura, Ramos diz ainda que conseqüências mais graves podem ocorrer, como o fechamento do hospital durante o carnaval. Ele fala que o Ruy Mariz continua a funcionar realizando cirurgias e consultas ambulatoriais, mas que as primeiras dificuldades já começam a aparecer.
“Começamos a enfrentar dificuldade na compra de medicamentos e na falta de dinheiro para os médicos de plantão. Como estamos funcionando só com a verba repassada pelo SUS, não estamos funcionando como deveria. Diante disso, nossa preocupação é que, com essas dificuldade, talvez tenhamos que fechar durante o carnaval, quando os atendimentos aumentam 1000%”, alerta.
PRONTO-ATENDIMENTO
Ao falar sobre a saúde no município, o padre Jocimar afirma que a situação já esta melhor diante da instalação do posto de pronto-atendimento e da intensificação do Programa Saúde da Família (PSF), o que também é rebatido por Anesiano Ramos. “Esse PA (pronto-atendimento) que o padre criou não obedece as mínimas exigências legais do Ministério da Saúde. Não foi feito um parecer da Covisa, como é obrigatório, para saber se ele pode funcionar. A Secretaria Estadual de Saúde não realizou nenhuma inspeção. As pessoas que são atendidas lá correm ate risco”, denuncia.
A municipalização do hospital, como também foi sugerido pelo padre, é outro ponto não aceito pela administração do centro de saúde. Na nota enviada à imprensa, a direção ironiza: “Quanto à municipalização do HMRM susitada, é hilário, pois não se torna publico uma associação sem que seus sócios concordem. Aliás, seria quase a mesma coisa se o padre prefeito quisesse municipalizar uma das fazendas do pai dele”.
Em resposta às declarações do prefeito padre Jocimar Dantas ao DN Seridó, no dia 11 passado, sobre a negativa de repassar parte do orçamento da saúde ao HMRM, a direção do hospital enviou nota à imprensa repudiando a opinião do padre, sobretudo, acerca da vontade manifestada pelo gestor de municipalizar o hospital, que é filantrópico.
Ao DN Seridó, o diretor da maternidade Anesiano Ramos, contestou a atitude do padre e afirmou que o impasse foi todo criado pelo prefeito. “O hospital existe há 50 anos, sempre recebeu auxílio do Poder Executivo e agora, quando o prefeito assumiu, resolveu impor condições para realizar o repasse de dinheiro”, diz Anesiano.
Ainda segundo o diretor, o padre Jocimar, ao assumir a prefeitura, impôs que só repassaria algum auxílio se pudesse nomear o diretor do hospital, condições que não aceita pela atual administração do órgão.
“E mesmo assim, ele só repassaria metade do que já era repassado na gestão anterior. Nos reunimos para sugerir outras alternativas. Sugerimos que, ao invés da direção, o padre fizesse um convenio conosco e nomeasse um supervisor para verificar todo o procedimento do hospital, fiscalizar a destinação de verba, mas ele não aceitou. Além de só querer a direção, ele insistiu em um nome, que também não foi acatado porque seria impossível o convívio dessa pessoa com a nossa administração. Tentamos fazer com que o prefeito colocasse um supervisor da sua própria secretaria, mas ele também não quis”, argumenta Ramos.
O presidente do Ruy Mariz faz questão também de rebater os argumentos que o prefeito utilizou para alegar como inconstitucional a lei aprovada pela câmara municipal, que prevê o repasse de 80% da verba aprovada na saúde para o hospital. “O prefeito padre insiste em mentir ao dizer que essa lei foi criada pelos vereadores. Como ele certamente sabe, a lei foi enviada pelo Poder Executivo no dia 30 de dezembro do ano passado. Não foram os próprios vereadores que criaram, como ele faz questão de dizer. O gestor anterior entrou com o projeta justamente porque já previa que o problema aconteceria, como o padre já havia dito durante a campanha eleitoral”, comenta.
Por causa da suspensão da verba da prefeitura, Ramos diz ainda que conseqüências mais graves podem ocorrer, como o fechamento do hospital durante o carnaval. Ele fala que o Ruy Mariz continua a funcionar realizando cirurgias e consultas ambulatoriais, mas que as primeiras dificuldades já começam a aparecer.
“Começamos a enfrentar dificuldade na compra de medicamentos e na falta de dinheiro para os médicos de plantão. Como estamos funcionando só com a verba repassada pelo SUS, não estamos funcionando como deveria. Diante disso, nossa preocupação é que, com essas dificuldade, talvez tenhamos que fechar durante o carnaval, quando os atendimentos aumentam 1000%”, alerta.
PRONTO-ATENDIMENTO
Ao falar sobre a saúde no município, o padre Jocimar afirma que a situação já esta melhor diante da instalação do posto de pronto-atendimento e da intensificação do Programa Saúde da Família (PSF), o que também é rebatido por Anesiano Ramos. “Esse PA (pronto-atendimento) que o padre criou não obedece as mínimas exigências legais do Ministério da Saúde. Não foi feito um parecer da Covisa, como é obrigatório, para saber se ele pode funcionar. A Secretaria Estadual de Saúde não realizou nenhuma inspeção. As pessoas que são atendidas lá correm ate risco”, denuncia.
A municipalização do hospital, como também foi sugerido pelo padre, é outro ponto não aceito pela administração do centro de saúde. Na nota enviada à imprensa, a direção ironiza: “Quanto à municipalização do HMRM susitada, é hilário, pois não se torna publico uma associação sem que seus sócios concordem. Aliás, seria quase a mesma coisa se o padre prefeito quisesse municipalizar uma das fazendas do pai dele”.
Foto: Anesiano Ramos
Fonte: DN Seridó
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