Na noite de ontem (26/4), em seminário promovido pela Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior), em Brasília, a deputada federal Fátima Bezerra (PT/RN), presidenta da Comissão de Educação e Cultura, e o ministro da Educação, Fernando Haddad, debateram o Plano Nacional de Educação (PNE). O ministro explicou que o PNE está estruturado em um formato simples, mas inovador. “Estabelecemos as metas a serem alcançadas, as estratégias e os meios”, explicou. Fátima Bezerra discorreu sobre os motivos que contribuíram para que o PNE atual não atingisse todas as metas propostas e adiantou que a Comissão de Educação, em parceria com a Comissão Especial sobre o PNE, vai debater a questão. “Este é o tema central da educação neste ano e não poderíamos nos furtar desse debate”, afirmou.
Apesar de o PNE ser sido discutido anteriormente pela sociedade civil, durante a Conferência Nacional de Educação, o ministro Haddad acredita que o projeto será aperfeiçoado pelos deputados e senadores. “Estou otimista com as alterações que com certeza o Congresso Nacional fará ao PNE”, afirmou. A expectativa do ministro é de que o projeto seja votado pela Câmara dos Deputados no início do segundo semestre deste ano.
Para a deputada Fátima Bezerra, uma das razões que levaram ao não cumprimento das metas do PNE 2000-2010 foi o veto dado pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso ao artigo que estabelecia um investimento de 7% do PIB (Produto Interno Bruto) para a educação. “Esse veto fez com que atrasássemos o atingimento das metas, o que nos obriga a sermos mais ousados agora”, argumentou, ao fazer a defesa de que sejam destinados 10% do PIB para a educação.
A parlamentar também defendeu uma votação mais célere do PNE. “É perfeitamente possível acelerar a votação, sem abrir mão do debate. O nosso desafio, no parlamento, será o de contabilizar a proposta do governo com as emendas defendidas pela sociedade”, afirmou.
Fátima Bezerra disse está otimista em relação ao PNE. “Uma das razões desse otimismo está no fato de a presidenta Dilma, no seu discurso de posse, ter afirmado que a erradicação da pobreza extrema passa pela educação”, lembrou.
A.I.
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