sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

ARTISTA POTIGUAR ENCANTA CALIFORNIANOS.

O blog rende homenagens a um artista curraisnovense que conhecemos desde criança e que com sua criatividade e força de vontade vem construindo carreira internacional.

Seus pais, Ximenes e Ilona devem estar felizes e orgulhosos e sua saudosa avó Isaura (em memória) onde se encontrar, também deve está bastante feliz.

O texto abaixo é de Carla Cruz (no minuto.com)


"Um Curraisnovense, com um nome arábico e residente nos Estados Unidos. Dessa mistura de culturas e influências nasceram a arte e a personalidade de Rasmussen Sá Ximenes. Aos 40 anos, o potiguar radicado na Califórnia transformou as telas e a tinta acrílica no mais fiel retrato do dia-a-dia das famílias americanas, o qual descreve como um “estilo de vida curioso e extremamente consumista”. Com influências de várias partes do mundo, o artista potiguar está encantando aos americanos com seus traços e cores fortes. Mocoh e Glorinha Távora idealizaram uma exposição no Consulado do Brasil em San Francisco.

Em meio aos vinhedos de Sonoma, onde encontra inspiração para seus quadros, Mocoh (como assina suas obras e como o chamaremos) tem encantado aos norte-americanos com as cores vivas, que não negam suas origens tropicanas. “Minha relação com as tinhas é muito simplória. Procuro sempre o contraste com as cores primárias. Acho que foi exatamente esta simplicidade que seduziu os americanos”, destacou em entrevista especial ao portal Nominuto.com.

Admirador pleno da beleza e da harmonia, Mocoh encanta com seus sentimentos, reproduzindo-os em cenas do cotidiano e fazendo uma fusão de culturas entre as Américas. Suas obras também denunciam o passado nômade, herdade pelo pai minerador. Mesmo sendo filho e neto de professoras, não foi um aluno exemplar, o que não impediu que mais tarde nascesse o artista inovador, livre de todas as regras “normalistas”.

Atualmente, o artista desenvolve uma série intitulada “Mesas”. Nela, expõe resquícios de uma outra paixão que cultiva: a culinária. A ideia, segundo ele, é retratar o cotidiano dos americanos em personagens com características da arte nordestina. “Neste trabalho, utilizo a aplicação de pasta sintética em tela, rabisco com carvão e tudo começa a se harmonizar com muita tinta acrílica”, descreveu. Falando assim, parece simples, mas basta uma olhada rápida para se perceber a grandiosidade do trabalho de Mocoh e o capricho nos detalhes.

No entanto, apesar da desenvoltura com as tintas, suas habilidades pictóricas são relativamente recentes. Tudo começou há cerca de 10 anos, quando morava em Brasília. Lá, Mocoh viveu uma fase de muita produção. Na época, realizava trabalhos com tinta guache em cartolina e que hoje estão espalhados por São Paulo, Brasília e Natal. “Nasci artista, mas as habilidades pictóricas estiveram um bom tempo introspectas, pelo menos até Glorinha Tavora, a potiguar mais cosmopolita que conheço, introduzir meus trabalhos nos crivos dos críticos de arte de San Francisco”, comentou.

Glorinha Távora, a quem Mocoh se refere, é sua conterrânea e atual curadora. Foi ela a responsável por projetar seu trabalho em San Francisco e tem participado ativamente do processo de produção. “Aqui, tive contato com as obras de Henri Matisse, e isso me inspirou. Mas, passei a conhecer arte de verdade e de qualidade nos anos que vivi em Brasília, quando Sávio e Dodora Hackradt me deram todo suporte”, revelou o artista curraisnovense.

Hoje, Mocoh dedica todo o seu tempo à pintura, mas Rasmussen é também cozinheiro profissional e já comandou as panelas de alguns restaurantes americanos, inclusive com bandeira francesa. Para o futuro, seus planos estão todos ligados à pintura. A primeira exposição do artista aconteceu no Consulado do Brasil em San Francisco. "Meus planos para o futuro são de divulgar meu trabalho, crescer e aprender novas técnicas. Poder criar com mais liberdade e espaço. Tudo até agora tem acontecido de maneira espontânea", comemorou o artista.

Mocoh também não descarta uma volta ao Brasil. “Tenho sangue nômade, herdado pelo meu pai, e muita disposição para percorrer o mundo. Mas, penso sim em me aquietar no Seridó, minha grande paixão e parte das minhas inspirações”, completou. Essa é a arte de Mocoh, que longe de ser um artista impressionista, impressiona, expondo seu lado expressionista e encantando pela ingenuidade de seus traços e personagens de fisionomias austeras."

Um comentário:

  1. Parabéns, Eliel por divulgar este belíssimo trabalho deste jovem Seridoense, também pela qualidade do seu blog e dispensa quaisquer comentário sobre seu belo trabalho do qual sou fã desde pequenino, Carlinhos de Carnaúba dos Dantas, do blog a Voz do Povo.

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