O advogado de Elissandro Spohr, Jader Marques, pediu nesta segunda-feira na Justiça a prorrogação da prisão provisória do empresário, um dos suspeitos de ter provocado o incêndio na boate Kiss, pelo prazo de 30 dias a contar do próximo domingo, 3 de março.
O pedido, inusitado, surpreendeu a polícia e até a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Segundo Marques, o pedido é para permitir que a polícia ganhe mais um mês para concluir as investigações sobre o incêndio, que matou 239 pessoas na madrugada de 27 de janeiro.
O advogado criticou o trabalho policial, que classificou como "atentado contra o direito de defesa".O advogado de Elissandro Spohr, conhecido como Kiko, disse que o empresário aceitou ser transferido para a Penitenciária Estadual de Santa Maria, depois de receber alta do hospital de Cruz Alta, para que fosse ouvido pela polícia.
Marques informou que o empresário quer contrapor as informações dos bombeiros sobre a colocação da espuma tóxica no teto da Kiss e também as do engenheiro que recomendou o material, além de uma ex-funcionária da boate que acusa o empresário como responsável pelo incêndio.
Além disso, Spohr quer ser acareado com os dois integrantes da banda Gurizada Fandangueira quer estão presos e quer participar de uma nova reconstituição do acidente.
- Possivelmente não há outra pessoa capaz de identificar a Kiss, mesmo que sob escombros, com mais facilidade do que ele. O Kiko quer o direito de voltar à boate com os peritos para explicar até onde a espuma cobria o teto - disse.
Agência O Globo
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