sábado, 3 de agosto de 2013

FLAMENGO DE MAL A PIOR

Será que a nova diretoria do Flamengo acha mesmo possível fazer um bom trabalho sem sucesso no futebol? Crê que os planos de reestruturação financeira bastarão? 

Aposta que o projeto de sócio torcedor resistirá ao fracasso do time em campo? Não vê que nessa toada as arrecadações de bilheteria, patrocínio e “pay-per-view” despencarão? E que uma crise política torna-se iminente? É desanimador o início da administração de Eduardo Bandeira de Mello no futebol. 

A começar pela escolha do executivo, o gaúcho Paulo Pelaipe, ex-cartola do Grêmio, que se fosse bom mesmo estaria até agora dirigindo o seu clube no Sul, ou trabalhando como profissional por lá. 

Apresentado como gênio, Pelaipe até agora não disse a que veio. Técnicos já foram três, jogadores importantes acabaram dispensados de forma atabalhoada (vide Vagner Love, Ibson e Renato Abreu) e os reforços que chegaram são de matar de rir — ou chorar. 

Só não dá pra serem levados a sério. É salutar e elogiável a postura dos novos dirigentes de querer colocar as finanças em dia e tentar tornar o Fla economicamente viável. 

Mas essa diretoria parece não ver o óbvio: sem um bom time de futebol não há futuro. Sem um bom time, não há campanha de sócio torcedor que resista. 

Sem um bom time, cairão as arrecadações nos jogos, as publicidades na camisa e as vendas do “pay-per-view. Até o milionário contrato da Adidas diminurá, sem um bom time, pois caso o Fla acabe na segundona há pesadas penalidades previstas. 

Ou Bandeira e seus pares acordam logo e reforçam o elenco (com jogadores de verdade, não com um bando de medíocres, como esse que veio do interior paulista), ou, muito mais cedo do que pensam, despertarão num inferno. 

Local onde os torcedores já sofrem, com esse timinho mequetrefe. A nova cúpula não é formada por homens bem-sucedidos como empresários, alguns deles com história de sucesso em marketing? E ninguém é capaz de montar uma operação que permita a contratação de craques, na base de patrocínios etc? 
Renato Maurício Prado

Nenhum comentário:

Postar um comentário