segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Políticos locais retomam articulações para as eleições de 2014

Passado o momento das maiores manifestações de rua, que tiveram seu auge no mês de junho, os políticos do Rio Grande do Norte se sentem à vontade para retomar as conversas sobre as eleições estaduais do próximo ano. 

Na última sexta-feira (16), dirigentes do PSB e do PSD se reuniram em Natal para manter o desejo de aliança. As duas legendas têm nomes para os cargos majoritários. 

Do lado do PSB, dona Wilma de Faria pode ser candidata ao governo ou ao Senado. Do lado do PSD, Robinson Faria alimenta o sonho de ser candidato ao governo. PSB e PSD falam em frente de oposição contra o Governo Rosalba, que sucedeu Wilma e que enxotou Robinson Faria. 

O PT de Fátima e Mineiro também ensaia retomar as conversas com os potenciais aliados. O partido foi o primeiro a iniciar as articulações, mas teve de dar um break por causa dos protestos de rua. 

O PT potiguar aposta suas fichas na candidatura de Fátima Bezerra para o Senado, mas o grupo de Fernando Mineiro quer discutir as chances para o governo. 

Eu não acredito que o partido vá além do projeto do Senado, agora ameaçado pelas articulações de Wilma. O PMDB segue conzinhando todo mundo. 

Neste final de semana, Henrique Eduardo Alves, todo-poderoso da Câmara Federal, veio com a história de os partidos deixarem para conversar sobre as eleições no próximo ano. 

Para Henrique, ainda não está na hora de definir nomes para a sucessão estadual. Isso é conversa para boi dormir. Henrique é o político que mais articula a próxima eleição. 

Só pensa em 2014. Só conversa sobre 2014. Mas ele não tem como definir seu futuro agora. Quer ganhar tempo dentro e fora do PMDB. Ele não deseja se comprometer com candidaturas agora. Por isso vai adiando, adiando, adiando o debate eleitoral. A pressão em cima de Henrique Alves é grande. 

Em setembro, o PMDB realiza uma pesquisa qualitativa para definir os rumos de 2014. E, em novembro, o presidente da Câmara dos Deputados promete um encontro partidário para anunciar o projeto político. Palavra de Henrique Eduardo Alves. 

Eu ainda continuo achando que a eleição do governo passa por três nomes competitivos: um nome do PMDB (Walter Alves pinta como nome forte das bases peemedebistas), Wilma de Faria e Carlos Eduardo Alves. 

Mas o mercado do voto aponta os seguintes nomes: Rosalba Ciarlini (sem chance, virou borboleta), Carlos Eduardo, Wilma, Garibaldi, Henrique, Walter Alves, Robinson Faria e os empresários Flávio Rocha e Marcelo Alecrim. Estes são os nomes cotados na bolsa de apostas neste instante. 

Tudo pode mudar, claro. Mas as opções são essas aí. E são poucas. 
Diógenes Dantas

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