terça-feira, 15 de setembro de 2015

Preso desde maio, ex-presidente da CBF deve aceitar sua extradição aos EUA

José Maria Marin, o ex-presidente da CBF e preso em Zurique, poderá aceitar a sua extradição aos Estados Unidos. 

Nesta semana, a Justiça da Suíça anunciará a sua decisão de extraditar ou não o brasileiro, como haviam pedido os norte-americanos. 

Apesar de caber uma apelação, sua defesa considera que, se a decisão dos suíços for “forte”, ele abrirá mão de um recurso, o que prorrogaria o caso até o final do ano. Marin e outros seis cartolas foram detidos no dia 27 de maio na cidade suíça e a pedido da Justiça norte-americana. 

Um dos dirigentes, Jeff Webb, aceitou de forma voluntária ser extraditado aos Estados Unidos. Mas os demais, entre eles Marin, optaram por questionar o processo. No caso de Marin, seus advogados apresentaram uma defesa baseada no fato de que não existia base legal para a extradição e que as provas eram “frágeis”. 

Segundo o inquérito dos norte-americanos, Marin teria pedido que parte da propina relativa à Copa do Brasil fosse direcionado a ele, em uma conversa gravada com o empresário José Hawilla. Ele também aparece quando uma das empresas que comprou os direitos para a Copa América indica a distribuição de propinas para os dirigentes sul-americanos. 

Caso os suíços optem por extraditar o brasileiro para os Estados Unidos, Marin poderá ainda recorrer, o que deve arrastar o processo até o final do ano. Inicialmente, seus advogados indicaram que essa seria a estratégia. Mas, agora, montaram pelo menos dois cenários diferentes. 

Se sentirem que a sentença é “frágil”, um recurso de fato vai ser apresentado e vão recomendar a Marin que “aguente firme” na prisão por mais alguns meses. Caso a decisão dos suíços dê sinais de que não estão dispostos a reconsiderar o caso, a defesa do brasileiro acredita que apresentar um recurso seria apenas “perda de tempo” e apenas prolongaria a situação de Marin na prisão de Zurique. 

O brasileiro tem um apartamento em Nova York e, pela lei, poderia negociar uma fiança milionária com os Estados Unidos que o permitisse ficar em prisão domiciliar enquanto o julgamento ocorre. 

Uma fonte que esteve recentemente com o brasileiro contou que o cartola está “ansioso” diante da aproximação da data da decisão, que pode ocorrer a partir desta terça-feira, e quer “mudar de ambiente”. Sem falar inglês ou alemão, Marin se comunica pouco na prisão.
JH

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