Entidades LGBT apresentaram , nesta terça-feira, 22, no Congresso Nacional, pesquisa inédita sobre a realidade preocupante enfrentada por estudantes LGBT nas escolas de todo o país.
Os dados foram apresentados durante reunião da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), presidida nesta terça-feira (22) pela senadora Fátima Bezerra.
A novidade dessa pesquisa é que foram os próprios alunos que responderam os questionários, ou seja, não se trata da percepção de terceiros sobre a realidade desses meninos e meninas.
Segundo a pesquisa, 60% dos estudantes disseram se sentir inseguros na escola no último ano em razão de sua orientação sexual; 73% foram agredidos verbalmente; e 36% chegaram a ser agredidos fisicamente.
"Os dados são alarmantes. Precisamos de políticas públicas que minimizem essas situações, pois estamos tratando de vidas humanas", explica Toni Reis, coordenador da pesquisa no Brasil e secretário de educação da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays , Bissexuais, Transexuais e Travestis.
O estudo mostrou ainda que 36% dos respondentes acreditaram que foi “ineficaz” a resposta dos profissionais para impedir as agressões e 39% afirmaram que nenhum membro da família falou com alguém da equipe de profissionais da escola quando o estudante sofreu agressão ou violência, o que, na opinião da senadora Fátima Bezerra, torna a situação ainda mais grave, pois aumenta a vulnerabilidade desses estudantes, já que aqueles que tem o dever moral e legal de defendê-los se omitem.
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