Monsenhor Paulo Herôncio de Melo, vigário dos áureos tempos, viabilizou a existência do Hospital Padre João Maria que em outro local com menos estrutura enfrentou a maior prova de sua existência hospitalar quando ocorreu em 13 de maio de 1974 a grande catastrófe rodoviária que até hoje enluta Currais Novos.
Foi o massacre do povo cristão da terra da scheelita quando um ônibus da empresa princesa do seridó passou no bairro Paizinho Maria por cima de uma procissão de Nossa Senhora de Fátima, matando 24 pessoas e ferindo mais de 100 outras.
Não foi possível salvar mais gente porque as dependências da Casa de Saúde e a sala de cirurgia não suportaram o impacto da grande demanda de feridos.
O Governador da época, Cortez Pereira, que estava em Brasília na hora do acidente, tomou uma medida emergêncial: mandou construir o novo hospital onde hoje ele existe na Teotônio Freire.
Esse blogueiro em companhia de Elísio Galvão acompanhava a procissão e ajudou pela rádio Brejuí a vinda de dezenas de médicos de outras cidades e equipes de apoio para ajudar os feridos.
Fui durante muitos anos do Conselho Fiscal do Hospital juntamente com Manoel Venâncio, José Ximenes, Medeiros Lula, Jairo Xavier e tantos outros e o conselho funcionava fiscalizando e orientando.
O novo hospital nasceu com 150 leitos, modernas salas de cirurgia, UTI e equipe médica de várias especialidades. O hospital Padre João Maria (da paróquia) e o Mariano Coelho, do Estado, que funcionavam em conjunto até bem pouco tempo foram referência hospitalar.
Lamentamos ao caos que chegou. Fechamento por 24 horas da emergência, por falta de médico e condições financeiras para manter aberta a unidade. Soubemos que houve uma reunião com o prefeito Geraldo Gomes no intuito de chegar a uma solução.
Se até o dia 1° de maio o Estado não repassar verba para o hospital a unidade hospitalar será totalmente fechada segundo fonte do próprio hospital.
Os diretores Dênis Zambom, Pedro Cabral e Bernardo Gomes de Oliveira Neto já tomaram as providências que estavam ao alcance da diretoria e agora aguardam as solicitações para que o hospital volte ao funcionamento efetivo.
Senhores políticos, não deixem que essa peróla de caridade feche as portas, pois ela serve não apenas aos curraisnovenses, mas a toda uma região.