A deputada estadual Márcia Maia (PSB) retrucou na manhã desta quinta-feira (17) as declarações do secretário da Sethas, Luiz Eduardo Carneiro, que contestou a existência de descaso na área social, bem como o remanejamento dos recursos da suplementação alimentar para a publicidade.
"Estou militando nessa área há mais de 20 anos. Jamais levantaria uma inverdade. Isso é desconhecimento do próprio secretário. Ele diz que os cortes não foram apenas na área social e sim gerais. Discordo. Houve variação positiva, como na Publicidade, que teve um aumento de 120%", destacou a pessebista.
Márcia lembrou a perda de R$ 45 milhões na área social e o abandono dos programas sociais, como Centrais do Trabalhador, Projovem Trabalhador, Projovem Urbano, Primeira Chance, dentre outros.
"Central do Cidadão de São José de Mipibu, Assu, Macau, todas elas estão praticamente paralisadas. Telefone cortado, sem internet, servidores sem gratificação. É fato que o programa está recebendo prioridade do governo? Não está. A população não está sendo atendida. Enquanto as áreas de interesse do governo, como a publicidade e controladoria crescem", apontou.
Sobre o remanejamento da suplementação alimentar, a deputada estadual destacou os impactos nas atividades dos restaurantes populares.
"No orçamento deste ano, foi retirado recursos do programa suplementação alimentar e foi remanejado para publicidade. Visitei diversas unidades por todo o estado e agora entendo porque foi reduzida a meta do número de refeições. Onde tinha mil, foi para 800, onde tinha 800 foi para 500", observou Márcia.
Márcia Maia cobrou ainda providências do governo quanto à regularização do Programa do Leite. A parlamentar mencionou as dificuldades pelas quais os produtores rurais estão passando, em virtude do atraso no pagamento, além de questionar a qualidade do produto oferecido, pois alguns beneficiados tem relatado que o leite está “talhando” após a fervura. Atualmente o governo paga R$ 0,80 por um litro de leite, valor considerado defasado pelos produtores.
“Os produtores estão quebrados, porque não estão recebendo a dívida que tem com eles do passado e no presente. Independente das dificuldades e dos problemas financeiros que a atual gestão alega, é necessário que haja compromisso, para que um programa como esse não fique paralisado”, disse a deputada.