Examinando excertos dos relatórios de investigações vinculadas à operação "Sinal Fechado", advogados ligados ao senador José Agripino Maia, presidente nacional e regional do Dem, passaram a atribuir ao colega Paulo de Tarso Fernandes, ex-chefe da Casa Civil do governo do Estado, o não envolvimento do parlamentar com o esquema de corrupção que grassava no Departamento Estadual de Trânsito (Detran).
Contam que no início do ano, quando Paulo de Tarso era o auxiliar plenipotenciário da governadora Rosalba Ciarlini, o advogado George Olímpio, líder do grupo que pretendia explorar a inspeção veicular no Rio Grande do Norte e com este propósito andava molhando mãos, reclamava porque não tinha acesso a ele e terminou recorrendo a José Agripino.
O parlamentar telefonou para Paulo de Tarso, pedindo-lhe, sem entrar no mérito, que ouvisse George. Dias depois, Paulo de Tarso ligou para José Agripino, dizendo que a conversa versou sobre a intenção de viciar o processo administrativo relacionado à inspeção veicular e recomendando que não se envolvesse. O parlamentar se surpreendeu, agradeceu a atenção e principalmente o cuidado demonstrado pelo amigo e disse que não mais iria interferir pela empresa.
Roberto Guedes.