A Tribuna do Norte fez um levantamento que escancara o pragmatismo ou a falta de vergonha de políticos no Rio Grande do Norte.
Ao cruzar dados do TSE, o jornal constata que os principais partidos brasileiros passam por cima de divergências ideológicas e de conflitos entre líderes para formarem palanques nas eleições municipais.
Vale tudo na festa do cinismo eleitoral. O PT demoniza o DEM, mas estará no mesmo palanque em 23 municípios.
E agora José? E agora Fátima? Como é que fica Mineiro?
O PT também vocifera contra o PSDB e fechou alianças em 27 municípios.
Petistas e tucanos juntinhos, cheios de amor para dar ao eleitor.
Pê da vida com a criação do PSD, José Agripino Maia decretou do alto do trono: "Se depender de mim, DEM não fará aliança com o PSD (nas eleições municipais)".
Ledo engano, senador. Sua palavra não tem mais aquela velha força do passado.
O DEM fechou aliança com o PSD em 48 cidades, quase um terço dos municípios do Estado.
O professor Gaudêncio Torquato, que entende das coisas do mundo político, considerou isso um contrassenso. Chamou também de incongruência.
Eu digo que é falta de vergonha mesmo. Na hora do "pega para capar", os líderes políticos são parecidos e desejam apenas uma coisa: mais poder. Quanto mais cargos nos executivos e parlamentos, melhor.
Os interesses da população ficam subjugados aos interesses individuais da cada político e de suas agremiações.
Ao final, tudo vira sopa de letrinhas.
Diógenes Dantas