O papa Francisco deve nas próximas semanas tomar as decisões mais importantes do seu ainda curto período no comando da Igreja Católica.
O pontífice vai nomear novos cardeais, os chamados "príncipes da Igreja", que vão ajudá-lo a determinar os caminhos que a religião vai tomar e vão no futuro escolher entre eles o seu sucessor.
A escolha de cardeais é um dos sinais mais claros da direção que o papa deseja dar à Igreja Católica e do tipo de homem que ele deseja que seja o seu substituto.
O papa Francisco, eleito em março passado, de imediato mudou a imagem do Vaticano com o seu estilo simples.
Por causa disso, a sua decisão sobre os clérigos que virarão cardeais em 22 de fevereiro está sendo mais aguardada do que de costume.
A expectativa é que o papa revele a sua escolha antes do fim de janeiro para que os preparativos para a cerimônia possam ser feitos, mas até agora poucos têm sido os rumores sobre nomes.
No passado, era quase certo os bispos das grandes dioceses ou aqueles no comando de departamentos do Vaticano tradicionalmente liderados por cardeais serem escolhidos pelo papa.
No entanto, Francisco, que abriu mão dos aposentos papais por um modesto apartamento e dispensou a Mercedes por um Ford Focus, tem dado pouca atenção a tradições.
"Ele vai se sentir bastante livre para escolher as pessoas que ele acha que devem estar nessas posições, sem se preocupar com a forma pela qual as coisas eram feitas antes", disse o padre Antonio Spadaro, editor do jornal católico Civilta Cattolica, que já publicou uma entrevista com o papa.
"Certamente a escolha vai nos ajudar a entender mais ainda onde ele quer levar a Igreja."
Presépio vivo
Nesta segunda-feira, dia 6, o papa Francisco foi fotografado carregando um cordeiro sobre os ombros. O pontífice visitava um presépio vivo, que contava com cerca de 200 atores.
A apresentação foi organizada por fiéis da la parroquia romana de San Alfonso de Ligouri, em Roma, na Itália.
Estadão