Renan Calheiros está em pé de guerra com o governo. Até aí, nenhuma novidade. Mas quem passou na entrada do Anexo I do Senado no início da noite de ontem (28) se deparou com uma cena inusitada.
Primeiro chegou à porta o ministro Eliseu Padilha, logo depois de Moreira Franco.
O destino de ambos era o mesmo: o gabinete do colega peemedebista. Romero Jucá também esteve presente.
O encontro, a portas fechadas, durou mais de uma hora. Os ministros saíram juntos e o senador alagoano logo depois.
Um guarda debochado que fica no raio x da entrada falou alto, como que para ser ouvido: “Se Maomé não vai até as montanhas, as montanhas vão até Maomé”.
A brincadeira tem um fundo de verdade, já que Padilha tentava há dias chamar Renan para uma conversinha em particular. Como o senador não demonstrou muito interesse em ir ao encontro do ministro da Casa Civil, ele mesmo foi ao Congresso fazer uma visita de última hora.
O teor da conversa foi a possibilidade de recriação do Ministério dos Portos, um desejo antigo de Renan para contemplar a bancada do PMDB no Senado.
ROL