Um dia depois do ataque a Jair Bolsonaro, o PT triplicou o número de seguranças que acompanham o ex-prefeito Fernando Haddad nas atividades de campanha.
Na manhã e tarde deste sábado, seis seguranças o acompanharam durante corpo-a-corpo no extremo Sul de São Paulo, em vez da habitual equipe de dois homens.
Na hora do almoço, por exemplo, um agente ficou sentado com espaldar da cadeira rente à de Haddad, enquanto outro segurança permanecia de pé ao lado da mesa onde estavam o ex-prefeito e seus apoiadores.
Na visita a uma comunidade no bairro do Grajaú, o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, cobrou de um segurança maior agilidade no cerco a Haddad.
Ao ouvir que a região era de simpatizantes do PT, Okamotto argumentou:
"Todos que estavam lá também eram do Bolsonaro", disse Okamotto, em alusão ao momento em que o capitão foi esfaqueado.
Dois carros da PM também acompanham a agenda do petista nas chamadas franjas da cidade. Um oficial do 50 BPM apresentou-se ao candidato afirmando que haveria temor de retaliações após o atentado a Bolsonaro.
Haddad disse que não temia retaliação por não ter nada a ver com o PT. Em entrevista, Haddad afirmou que, diferentemente de alguns adversários cuja estratégia consistia em desbotar Bolsonaro, não haverá desvios no rumo de sua campanha, especialmente em rádio e TV.
"Não era o nosso foco desde o início. Nossos programas são propositivos. Não atacamos. Estamos discutindo plano de governo", disse o petista, após reiterar desejo de que Bolsonaro se recupere.
NM