A rede de lojas Havan, do empresário Luciano Hang, formalizou pedido para abrir capital na bolsa de valores brasileira e espera ser avaliada em até R$ 100 bilhões.
Na oferta inicial de ações, porém, a empresa colocou o próprio dono, apoiador do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), como fator de risco.
“Nosso presidente e acionista controlador já foi e é parte em processos relativos a condutas supostamente inapropriadas, e/ou ofensivas, inclusive decorrentes de sua opinião pessoal nas redes sociais, sendo que alguns tiveram ou podem ainda ter potenciais desdobramentos na esfera criminal. Em caso de decisões desfavoráveis, a reputação da companhia poderá ser afetada de maneira adversa, o que pode gerar efeito negativo sobre negócios e resultados operacionais. Não podemos assegurar que novos inquéritos ou ações envolvendo nosso presidente e controlador não surgirão no futuro”, diz o pedido, resumidamente.
Entre os fatores que colocam Hang como uma “ameaça” à própria empresa na bolsa estão investigações por sonegação de impostos e disseminação de fake news, além de ter supostamente coagido funcionários a votarem em Bolsonaro em 2018 e questionado as medidas de distanciamento social contra o novo coronavírus, também criticadas pelo presidente.