No início deste ano assumi a presidência do América. Não foi este um gesto ambicioso de quem deseja se projetar socialmente, mas de um torcedor abnegado que deseja ver o seu clube do coração crescer e vencer.
Natalme conhece como administrador de uma Instituição Educacional que tem se destacado por sua qualidade.
Natalme conhece como administrador de uma Instituição Educacional que tem se destacado por sua qualidade.
Ser um educador vitorioso sempre foi um sentimento que me fez compartilhar com o sentimento muito profundo de torcedor rubro.
Facex e América são paixões que dominam o meu coração. Por esta razão, resolvi aceitar o convite de amigos que me convocaram para contribuir de uma forma mais intensa com o nosso clube: assumi a presidência.
Este ato representou para mim uma doação, servir com toda dedicação ao América. Administrar não é coisa fácil, principalmente quando colocamos sonhos de vitórias como pontos prioritários em nossas vidas. Quando colocamos metas que desejamos atingi-las a qualquer custo.
Era meu pensamento formar uma equipe de gestores que juntos trilhássemos um caminho de crescimento do América em todos os aspectos: reestruturar a nossa sede social, criar um grupo consistente de jovens capazes de formar a equipe do futuro em todas as áreas de esporte, principalmente no futebol, fazer campanha de associados e lutar para vencer o campeonato Estadual e permanecer na segunda divisão.
Foi uma luta intensa. Contava ter a meu lado todos aqueles que se comprometeram na minha posse. Tive decepções amargas. Posso ter errado, o que é próprio do ser humano, mas encontrei ao meu redor forças antagônicas, empecilhos e pedras em meu caminho. Não contava encontrar tantos obstáculos.
Hoje vejo o América sucumbindo por forças que desejam ver o meu clube tomando atitudes paternalistas e ideias ultrapassadas. Muitas vezes deixei de impor a minha autoridade de presidente para evitar desunião no grupo.
Vãs foram as minhas pretensões de união, de congregar a todos. Afastei-me frequentemente da minha empresa, apesar do protesto de meus filhos, para dedicar-me ao América de corpo e alma. Revolta-me o comportamento de pessoas que não reconheceram nunca o meu esforço e tripudiam de minha honestidade e dedicação.
Eu não pedi para ser presidente do América, mas acolhi o convite com o intuito único de ser útil ao meu clube. Resta-me a consciência tranquila de ter feito o que estava ao meu alcance.
Se não consegui unir também não desejo desagregar. Por isto deixo a presidência. Esta é uma decisão triste, amarga e dolorosa, mas necessária. Não deixo o América; continuarei americano como sempre fui, amando o América, sofrendo com seus fracassos e sendo feliz com suas vitórias: americano de coração, amigo dos americanos sinceros.
Não atirarei pedras naqueles que procurem levantar bem alto as cores rubras do meu clube, que aprendi a amar desde adolescente. Mas amaldiçôo aqueles que tentarem destruí-lo ou dele se servirem em proveito próprio.
Salve o América! Deus abençoe o América hoje e sempre.
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