Ao analisar as medidas apresentadas nesta terça-feira (15) pelo governo para recuperar o equilíbrio fiscal, a senadora Fátima Bezerra (PT-RN) disse que, ainda que tímidas, algumas decisões começam a atingir “o andar de cima”, as classes mais economicamente privilegiadas do país.
A senadora também apelou ao governo para que reveja a determinação de adiar o reajuste dos servidores públicos, de janeiro para o segundo semestre de 2016. “Nós queremos pedir ao Governo sensibilidade, sobretudo, para reconsiderar o adiamento da implementação do reajuste dos servidores, em alguns casos já inclusive negociados com as categorias. Nós não podemos fazer economia a custo dos trabalhadores e dos servidores do nosso país”, disse.
Fátima destacou que o caminho que deve ser seguido para se retomar o desenvolvimento econômico sem colocar em risco as conquistas sociais é justamente fazer com que os mais ricos, que têm mais condições, contribuam mais.
Por isso elogiou a proposta de criar um escalonamento na tributação aos ganhos de capital acima de R$1 milhão. Hoje, qualquer que seja o ganho de capital acima desse valor, paga-se 15% de imposto. A proposta apresentada pelo governo prevê aumento gradativo desse imposto, chegando a 30% para quem ganha mais de R$ 20 milhões.
Em discurso em Plenário, Fátima sugeriu que os ministérios do Planejamento e da Fazenda defendam a implementação do Imposto sobre Grandes Fortunas, previsto na Constituição, que até hoje não foi regulamentado, justamente por mexer com interesses da classe econômica mais privilegiada do país. “
Quando é para mexer no andar de baixo, é uma ligeireza. Agora, quando é para mexer nos interesses daqueles que estão no andar de cima, infelizmente, o que temos visto é uma lentidão e uma omissão”, destacou.
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