Ao contrário do que se ventilou por aí, Henrique Meirelles não avançou na conversa com Michel Temer, no sábado, ao ponto de fazer exigências ou impor condições para assumir o Ministério da Fazenda.
Só quem não conhece Temer, Meirelles ou a política para imaginar que, já no primeiro contato pós-impeachment, e ainda com o testemunho de Gilberto Kassab e Romero Jucá, dois homens tão experientes quanto desconfiados chegariam a esse ponto.
Temer e Meirelles conversaram em linhas gerais sobre a economia.
Meirelles fez prognóstico duro sobre a recuperação, mas afirmou que é possível haver uma recuperação mediante a adoção das medidas corretas – que, para ele, vão na linha da ortodoxia fiscal.
Pois bem: no domingo Meirelles escreveu exatamente isso em artigo na Folha. O texto, esse sim, é uma carta dos principios que o levariam a aceitar o cargo.
O fato é que ambos, Temer e Meirelles, gostaram da conversa. E ela deve, sim, evoluir para um convite. Certamente o ex-presidente do BC pedirá garantias de ação, mas não poderá exigir total autonomia para compor a equipe.
Até porque o senador Romero Jucá é um nome forte para o Planejamento.
ROL
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