Com baixos índices de natalidade, alta taxa de desemprego e superpopulação na capital, Skopje, o governo conservador da Macedônia lançou uma campanha para incentivar o retorno ao campo, com atrativos subsídios para os que decidirem deixar a cidade para viver em zonas rurais.
A Antiga República Iugoslava da Macedônia convive com o desemprego, que afeta entre 25% e 27% da população ativa do país, de dois milhões de habitantes, e os que trabalham vivem com uma média salarial de 350 euros (R$ 1,4 mil) ao mês.
Com o novo programa de subsídios, que entrará em vigor no ano que vem, o governo espera que muitas famílias que atravessam problemas econômicos na cidade optem por recomeçar a vida no campo.
O Estado promete a cada pessoa que se inscrever no programa até 6 mil euros (R$ 24 mil) para a construção de uma casa, o usufruto gratuito de três hectares de terra de propriedade pública e uma subvenção mensal de 250 euros (R$ 1 mil) durante 18 meses a título de salário inicial.
Além disso, a oferta contempla auxílios para a compra de máquinas agrícola e para a instalação de um sistema de irrigação por gotejamento, que será subvencionado em 80%, segundo o Globo Rural.
Em troca, as pessoas que aderirem ao programa devem se comprometer a permanecer por pelo menos 15 anos no local e a não vender a casa até pelo menos 10 anos após sua construção.
Um dos principais objetivos desta campanha é evitar o despovoamento do campo que ocorre há décadas no país e que começou quando a Macedônia ainda fazia parte da Iugoslávia (1945-1991).
Durante o período comunista, que se guiava pelo ideal da propriedade coletiva, muitos camponeses se tornaram sem-terra, o que levou a população rural a buscar trabalho nas fábricas e a se deslocar para as cidades. No período entre 1949 e 1953, cerca de 500 povoados macedônios ficaram abandonados.
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