O ex-ministro do Turismo e ex-presidente da Câmara dos Deputados Henrique Alves (PMDB) deixou por volta das 20h desta sexta-feira, 4, as dependências da Academia de Polícia Militar, no Barro Vermelho, após mais dez meses de prisão.
A saída do peemedebista foi discreta. Sem falar com a imprensa, ele saiu da Academia em um carro descaracterizado e com vidros escuros.
O desembargador federal Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, concedeu na última quinta-feira, 3, um habeas corpus para derrubar o último mandado de prisão preventiva que pesava contra o ex-ministro.
Henrique foi preso em 6 de junho de 2017 por força de dois mandados de prisão preventiva (provisória) – um expedido pela Justiça Federal do Rio Grande do Norte e outro pela de Brasília.
O primeiro deles – relativo à operação Manus, que apura supostos desvios na construção da Arena das Dunas – já havia sido derrubado em fevereiro.
O segundo – relativo à operação Sépsis, que apura fraudes na Caixa Econômica Federal – ainda estava em vigor e foi revogado hoje pelo desembargador Ney Bello.
O ex-ministro, contudo, terá de cumprir recolhimento domiciliar. A medida foi imposta em fevereiro pelo juiz Eduardo Guimarães Farias, da 14ª Vara Federal do RN, em substituição à prisão preventiva da operação Manus.
Mais cedo, o advogado Esequias Pegado Cortez, que atua na defesa de Henrique, afirmou que o peemedebista chorou e ficou “muito emocionado” ao ser informado da decisão judicial que autorizou sua saída da prisão.
Segundo Esequias, além de ter chorado com a notícia de que seria libertado, Henrique Alves reafirmou que “vai cumprir todo o seu compromisso com a Justiça, inclusive que não será candidato”.
“Ele deixou a política. Não será mais candidato. É uma decisão definitiva. Ele assumiu este compromisso diante do juiz Eduardo Guimarães [titular da 14ª Vara Federal do Rio Grande do Norte]”, revelou o advogado.
AGRN
Nenhum comentário:
Postar um comentário