A senadora Fátima Bezerra afirmou, nesta terça-feira, que a política de preços adotada desde julho de 2017 pela Petrobras não atende às necessidades do povo brasileiro, mas, sim, aos interesses econômicos dos acionistas e aos interesses das multinacionais do petróleo, que conquistaram uma fração do mercado que antes era atendida pela Petrobras.
“O que nós estamos testemunhando é um processo gradual de privatização não apenas da gestão da Petrobras, mas do patrimônio do povo brasileiro. Quem administra a Petrobras hoje? Não é um governo eleito, um governo soberano, eleito pelo povo. É o mercado”, enfatizou.
Fátima relembrou que as propostas apresentadas pelo governo são paliativas e não resolverão a crise do combustível no país. Ela destacou que é preciso discutir a política de preços adotada pela Petrobras, bem como a reduzir o preço da gasolina e do gás de cozinha. “A política de preços adotada pelo governo Temer e pela gestão de Pedro Parente à frente da Petrobras não desprezou somente a realidade do transporte de cargas em nosso país, onde aproximadamente 60% da carga transportada depende de caminhões; desprezou também a realidade de milhões de brasileiros, que dependem da gasolina para se locomover e do gás de cozinha, para cozinhas os alimentos que as famílias consomem”, disse.
Desde julho de 2017, o preço da gasolina nas refinarias subiu 57% e do diesel 57,8%. Nos governos do PT (2003-2016), foram feitos apenas 16 reajustes no preço do diesel e 13 na gasolina.
Já o preço do gás de cozinha ficou congelado por treze anos, favorecendo, principalmente, as famílias mais pobres.
Fátima repudiou ainda a venda de quatro refinarias: Presidente Getúlio Vargas, no Paraná; Abreu e Lima, em Pernambuco; Landulpho Alves, na Bahia; e Alberto Pasqualini, no Rio Grande do Sul.
“Essas quatro refinarias correspondem a 37% da capacidade de refino do País e eles estão vendendo essas refinarias a um preço aproximado de R$ 10,7 bilhões, em uma política entreguista, privatista, na contramão da política implementada nos governos Lula e Dilma, que buscavam a nossa autossuficiência na produção de petróleo e também na produção de derivados”.
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