O ministro da Economia, Paulo Guedes, evitou ontem comentar diretamente as declarações mais recentes do vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), mas mostrou seu desagrado com as atitudes do filho do presidente.
Carlos postou nas redes mensagem com críticas ao presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), por adiar a tramitação do projeto anticrime apresentado pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, ao Congresso. Em reação, Maia avisou Guedes que deixaria a articulação política da reforma da Previdência.
"Eu boto apenas o espelho e pergunto: O que você acha? Você acha que o filho do presidente deve ficar atacando o presidente da Câmara dos Deputados? Você acha que isso ajuda?", disse Guedes, ao ser questionado por jornalistas após discursar na cerimônia de posse da nova titular da Superintendência de Seguros Privados (Susep), Solange Paiva Vieira, ontem no Rio de Janeiro.
No discurso, dirigido a uma plateia formada por servidores da Susep e pelos principais nomes da equipe econômica, Guedes também tocou indiretamente na troca de farpas entre Maia e o governo Bolsonaro.
"Não se assustem quando virem que, aparentemente, os agentes econômicos não estão se entendendo com o governo ou que os agentes públicos não estão se entendendo entre si. São dores do parto de uma democracia emergente. Isso não deve nos assustar", disse.
Estadão
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