Estou com a leve impressão que a reforma do secretariado da governadora Rosalba Ciarlini tende a mixar.
Até o momento, o único nome que "aceitou" o convite dela para compor o primeiro escalão do governo foi Carlos Augusto Rosado, o marido. Mas esse já não é novidade para muita gente. É da casa, da cota pessoal da governadora. Já governa com ela.
E seria um desastre maior se Carlos Augusto Rosado não aceitasse. Imagina? Seria o fim. Não dá nem para imaginar.
Rosalba Ciarlini enfrenta problemas sérios para convocar nomes fora do círculo íntimo do poder.
Gente de envergadura.
Jaime Mariz resiste [chegou a descartar] a possibilidade de trocar a secretaria de previdência completar do Ministério da Previdência pela função de secretário estadual de Planejamento, como deseja Rosalba Ciarlini.
Resta saber se o ministro Garibaldi Filho, que compõe o conselho político da governadora, liberou o auxiliar. A impressão que se tem é que sim. Afinal, se houvesse qualquer objeção da parte dele a ideia teria morrido no nascedouro.
Mas, não. A convocação de Jaime Mariz ganhou corpo e passou a ser considerada algo fundamental.
Jaime Mariz, engenheiro e assessor do mais alto gabarito, resiste. Disse que está muito bem em Brasília, obrigado!
Além da resistência de Jaime Mariz, a governadora enfrenta dificuldades para encontrar um gestor para saúde. Ninguém quer subir na "nau desgovernada" [o termo ganhou grande destaque nas mídias sociais no últimos dias por questão ligada à proctologia].
Rosalba teria convidado Antônio Araújo (Unimed), Ricardo Lagreca (Onofro Lopes) e Marcos Leão para o cargo vago desde a exoneração de Domício Arruda. A notícia é que nenhum aceitou a parada.
Em entrevista a mim, na segunda-feira (7), o senador Paulo Davim disse algo assim: "A situação é muito difícil na área da saúde.
Nenhum nome sério, que deseja zelar por sua reputação e sossego, concorda em aceitar o cargo de secretário da saúde". E parece que a coisa é isso mesmo. As demandas são enormes, os recursos são escassos e os esquemas de corrupção no setor da saúde são históricos e insanáveis.
Eu soube também que a governadora tem tido dificuldade para encontrar um nome para a Comunicação Social. Ventilaram os nomes dos jornalistas Heverton Freitas [ligado a Carlos Eduardo e Agnelo Alves] e Rubens Lemos Filho [ex-auxiliar de Garibaldi e de Wilma, que mandou dizer que não aceita].
Rosalba e o marido Carlos Augusto Rosado estão quebrando a cabeça para encontrar um nome de envergadura numa área que anda ampanhando feio, segundo a opinião de gente das cercanias do governo.
A decisão de substituir o jornalista Alexandre Mulatinho está tomada [José Agripino Maia foi um dos maiores defensores da troca], mas Rosalba ainda não tem um nome.
E seguem em aberto as vagas de secretário da Justica e Cidadania, Turismo e Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária (Idiarn). Quem se habilita?
Por favor, currículos devem ser enderaçados à Governadoria aos cuidados dos senhor Anselmo Carvalho, chefe do Gabinete Civil, que esquenta o lugar para o doutor Carlos Augusto Rosado.
O problema de Rosalba Ciarlini não é político. Ela conta com três senadores da República, quatro deputados federais, ministro de Estado, líder do PMDB, maioria de deputados na Assembleia Legislativa. O grande problema de Rosalba neste momento é de gestão.
E me parece que ninguém anda disposto a ser nomeado por um e responder a outro.
Diógenes Dantas